sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

APRESENTAÇÃO 2000


:

VIRGÍLIO TEIXEIRA

Foram as minhas frequentes visitas ao Funchal que me levaram a encontrar Virgílio Teixeira e a ter com ele algum convívio que cedo se transformou numa grande admiração. Já o conhecia há muito dos écrans de cinema, onde o vira interpretar filmes que ficaram como referência de uma certa produção cinematográfica portuguesa (mas também latino-americana) dos anos 40 e 50. Ele fora Zé do Telhado e "partenaire" de Amália, em Fado; ele fora companheiro de António Vilar nalguns filmes históricos espanhois, como A Mantilha de Beatriz, Rainha Santa ou Alba de América; ele fora protagonista de títulos como Agustina de Aragão ou A Leoa de Castela, e lembro ainda algum orgulho pessoal por o ver, lado a lado com Yul Brynner, no Regresso dos Sete Magníficos, ou a terçar armas com Stephen Boyd, em A Queda do Império Romana. Por essa altura, Virgílio Teixeira, juntamente com António Vilar, era um dos nomes mais sonantes (os únicos nomes sonantes, talvez) do cinema português fora de portas. Mas, enquanto António Vilar fora sempre, quem sabe se por acasos do destino, um representante do Estado Novo, desde que interpretara a figura de Camões, no filme do mesmo nome, Virgílio Teixeira ficara como o galã simpático que não se assumira nunca como mito de um regime ou propagandista de ideias que não fossem as suas. Sempre senti por Virgílio Teixeira uma simpatia que ultrapassava o seu talento de actor, e pude verificar depois, no convívio que muito mais tarde mantivemos, que esse sentimento tinha toda a razão de ser. Virgílio Teixeira é uma personalidade extremamente afável, um conversador infatigável, um memorialista com muito que contar, um "dandy" da melhor tradição britânica, um galã a cujos encantos muito dificilmente as mulheres terão fugido ao longo de uma carreira recheada de filmes românticos que seguramente despedaçaram os vulneráveis corações do público feminino dessas épocas. Ainda recentemente, em A Mulher do Próximo, esse encanto se mantinha e era bem visível.
Há já algum tempo que tinha prometido a mim próprio homenagear este homem que tanto fez pelo cinema nacional, numa altura em que era difícil fazer-se alguma coisa. Essa ocasião chegou, com o Famafest 2000, para o que o convidei a desempenhar o cargo de Presidente Honorário do Júri Internacional, aproveitando a oportunidade para exibir um ciclo de homenagem a uma filmografia com cerca de uma centena de títulos, rodada um pouco por todo o mundo. A acompanhar este ciclo, surge esta pequena brochura, que não é ainda o volume que gostaria de lhe consagrar, apoiado sobretudo numa longa entrevista com o actor, recordando os passos mais significativos da sua carreira. Mas conseguimos estabelecer a mais completa filmografia da sua carreira e apresentar em primeira-mão um conjunto de fotografias que constituem parte do espólio do próprio Vergílio Teixeira. É do seu "Álbum" de fotografias pessoal que retirámos quarenta imagens que ilustram este volume, e que testemunham alguns dos seus momentos mais significativos (*).
A Virgílio Teixeira os agradecimentos do Famafest 2000 e um abraço pessoal de estima e amizade, congratulando-nos todos por o podermos ter em Vila Nova de Famalicão, por altura do II Festival Internacional de Cinema e Vídeo.

Lauro António (director do Famafest)

(*) Vou tentar publicar as fotos que apareceram no livrinho do Famafest 2000 neste blogue, mas sem prometer nada, pois não tenho comigo os originais, e as reproduções retiradas directamente do volume são de muito má qualidade.

UMA EVOCAÇÃO


VIRGÍLIO TEIXEIRA
UM ACTOR ÀS DIREITAS

“I Remember lt Well”. O título da autobiografia de Vincente Minnelli tirado da belíssima e nostálgica melo­dia de Lerner e Loewe que ouvimos em Gigi, podia servir de exégese a esta evocação de Virgílio Teixeira. "I (too) remember it well'. O meu primeiro "encontro" com o actor que, da sua parte, nunca me viu gordo ou magro, foi mais ou menos durante 1948. A estação passou-me, mas parece-me sentir um cheiro outonal pelas ruas misturado com a maresia habitual de uma vila de pescadores, que eu cruzava de fato domingueiro acom­panhado pelo meu tio, que pela mão me levava pela primeira vez ao cinema. Recordo o balcão e a subida pelas escadas que se me afiguravam íngremes (mas que na sequência da descoberta dos imagens que se movi­am na tela, se tornariam, para mim, uma espécie de símbolo de degraus para o paraíso, uma escada de Jacob para a terra do faz de conta, das mil e uma aven­turas e dos tesouros perdidos), e a expectativa do acon­tecimento. Recordo umas primeiras imagens em cores fortes que ficaram indeléveis nos meus olhos, imagens em que uns estranhos bonecos se moviam velozmente. Recordo a birra e a irritação quando as luzes se acen­deram e me devolveram ao mundo real que me rodea­va (o meu ódio aos intervalos nasceu nesse meu primeiro contacto com o cinema), e a alegria com que me apercebi, pouco depois, que de novo se fazia escuro. E começou então uma singular história de salteadores de estrados e de casas isoladas, que atiçaram a recordação de aventuras do "Remexido" (pois do Algarve falo) às portas de Lagos e no serra de Monchique, contadas pela minha avó, pelo meio de histórias de fadas e de terrores que me procuravam doces calafrios. Dessa história filmada jamais esqueci o título, José do Telhado, e se muito tempo depois, ao rever o filme, me senti em parte desiludido, estou-lhe em divida eterna pela paixão que fez em mim nascer pelo cinema. Um amor à primeira vista que ainda me con­some (por isso, ainda hoje ao ver um filme, por pior que seja, aceito-o sempre como algo de novo e de bom pos­sível), e o único que levarei para a cova. A imagem de Virgílio Teixeira, pois era ele que dava corpo a esse meu primeiro herói do cinema, está, portanto, ligada a essa experiência primordial, a esse meu baptismo numa nova religião, a da Sétima Arte. E acabamos sempre por ser fiéis, mesmo inconscientes, a essa primeira imagem.
De certo modo ele foi o meu arquétipo do herói de filmes, e muitos dos que depois admirei (um Burt Lancaster logo a seguir, um Richard Greene, um esque­cido "swashbuckler" antes de ser o Robin dos Bosques da televisão, que me fez imaginar mil e uma aventuras nas areias da praia, entre os albornozes e os alfanges de O Gavião do Deserto), moldavam-se de acordo com essa imagem primitivo.
Mas talvez (e agora é já um olhar "distanciado" obser­vando essas reacções primevas) que a imagem que mais se lhe adopte em termos cinematográficos seja a de um Tyrone Power, o galã da Fox, opondo-se, no nosso paupérrimo mundo de cinema, ao Errol Flynn que pare­cia inspirar o seu "rival" António Vilar. Tão paupérrimo era esse mundo que ambos tiveram de procurar fora do país o meio de imporem a sua presença e afirmarem o seu talento, e "disputarem" um espaço para a sua "riva­lidade".  A Península acabou por ser a sua pátria, com o cinema abolindo as fronteiras e, inclusive, as nacionali­dades. Pelo mundo do cinema fora, os dois eram geral­mente considerados como actores "espanhóis".
Se a comparação de Vilar com Flynn pode inspirar-se no perfil dos personagens de aventureiros de capa e espa­da (e ambos interpretaram a figura de Don Juan), a de Virgílio Teixeira com Tyrone Power também poderia ser admitida pois ambos se impõem com "biopics' de salteadores que o folclore de cada um dos países trans­formou em Robins dos Bosques: Jesse James e José do Telhado.  Aliás poderia ainda destacar outras 'relações' cinematográficas entre os dois: os filmes 'históricos' (Captain from Castille/O Capitão de Castela, Prince of Foxes/O Favorito dos Bórgias, The Black Rose/A Rosa Negra, no caso de Power, Rainha Santa, Agustina de Aragão, Cristovão Colombo e a América, com Vilar no titular e A Leoa de Castela, no de Virgílio Teixeira) e uma certa atracção pelo mar, com Teixeira por várias vezes pescador (Heróis do Mar, Nazaré) ou oficial da mari­nha (A Noiva do Brasil) e Power de pirata (The Black Swan/O Pirata Negro) a oficial, em guerra (Crash Dive/O Submarino Heróico) ou náufrago perdido no oceano (Abandon Ship/0 Mar das Sete Ondas). E se Power foi Zorra em O Sinal do Zorro, Teixeira foi um guerrilheiro basco durante a guerra de carlistas e liberais em Zalacain, o Aventureiro, de Juan de Orduña, pos­sivelmente um dos seus melhores filmes espanhóis, feito em 1954, quando já era uma vedeta no país vizinho. Há pequenos acontecimentos que nos parecem dizer que uma corrente estranha e desconhecida conduz o "destino" dos pessoas, pois Tyrone Power e Virgílio Teixeira iriam encontrar-se no "peplum" que King Vidor foi dirigir em Espanha em 1958, e que seria o último filme comercial do realizador, Solomon and Sheba/Salomão e a Rainha do Sabá, cujas filmagens foram interrompidas devido à morte de Power fulminado por um ataque cardíaco aos 45 anos de idade. Constou brevemente que Teixeira poderia substituí-lo, só que a indústria precisa de nomes seguros e conhecidos pelo que foi um então popular Yul Brynner a tomar o coman­do dos acções e Gina Lollobrigida nos braços. E foi pena, tanto mais que Virgílio Teixeira já não era novato naquelas andanças, tendo estado presente nos super­produções que Hollywood fazia em Espanha desde os meados do década de 50. Foi mesmo um dos estreantes e num papel de certo relevo.
Foi em 1956. A Espanha lançava uma ofensiva para o reconhecimento político, abrindo as suas portas aos investimentos estrangeiros e as do cinema às compa­nhias de Hollywood em busca de mão de obra e cenários baratos que compensassem as perdas por enquanto sofridas pela lei anti-trust, através da chama­da "runaway production" (produção em países estrangeiros) e pela concorrência do televisão, que impunha ao cinema espectáculos cada vez mais grandiosos a fim de recuperar espectadores.  Em 1956 Robert Rossen produziu e realizou para a United Artists, perto de Madrid, uma sumptuosa versão filmada da vida e conquistas de Alexandre Magno, com uma equipa de luxo: fotografia de mestre Robert Krasker e um elenco que tinha à cabeça dois "monstros sagrados': Fredric March e Richard Burton, respectivamente Filipe e Alexandre de Macedónia. O filme, Alexander the Great/Alexandre, o Grande, é um dos melhores resulta­dos dessa "runaway production", e no seu elenco cons­tavam ainda os nomes de Claire Bloom, Stanley Baker, Peter Cushing e, em boa posição na "grelha" de partida, Virgílio Teixeira. Cabia-lhe o papel de Ptolomeu, um dos generais e candidatos e herdeiro de Alexandre, aquele que, no fim, interroga o conquistador moribundo: "A quem legas o teu império?", ao que Alexandre responde com um estranho sorriso nos lábios: "Ao mais forte!'.
A partir de então a sua presença, de maior ou menor destaque, é frequente nas produções de Hollywood em Espanha ou co-produções deste país com outros, do "peplum" (The Fall of the Roman Empire/A Queda do Império Romano e El Cid, ambos de Anthony Mann, e ambos com Sophia Loren) ao filme 'histórico' (Dr. Zhivago de David Lecin), do filme de fantasia (o irre­sistível The Seventh Voyage Of Sinbad de Nothan Juran com magníficos efeitos especiais de Roy Horryhausen, e onde Teixeira compunha o papel de Ali, um divertido amigo de Sinbad) até ao western (com o nosso actor fazendo porte da segunda equipa de "magníficos" ao lado do Yul Brynner, que lhe "roubara" o papel de Salomão, em Return of the Seven/O Regresso dos Sete Magníficos). Nem sempre os seus papéis eram de "composição". Em The Boy Who Stole a Million/O Rapaz que Roubou um Milhão, de Charles Crichton para a Paramount, uma comédia dramática muito interessante, Virgílio Teixeira é cabeça de cartaz no papel do pai do garoto em apuros. Em The Happy Thieves/Os Alegres Ladrões enfileira com (e dá-lhes boa réplica) um lote de actores do gabarito de Rex Harrison, Rita Hayworth, Joseph Wiseman e Alida Valli. Na sua recensão ao filme de Crichfon, a Variety dizia que "Virgílio Texera is excel­lent" (repare-se na "variação" do seu nome, que aliás passou por muitas outras nos genéricos destes filmes, e que foram de John Texera a Leo Texeira, passando por Virgil e Virgílio, entre Texera e Teixeira). Era nestes filmes geralmente um personagem de origem espanhola, mas em A Man Could Get Killed/A Dança dos Diamantes, de Cliff Owen (1966), desempenha o papel de um inspec­tor do polícia portuguesa. Por uma vez, prestava-se justiça à sua verdadeira nacionalidade. Aliás, o filme era quase totalmente, filmado em Portugal.
Virgílio Teixeira soube gerir a imagem que criara no cine­ma, não só sabendo retirar-se a tempo como também capitalizá-lo mais tarde em incursões do cinema e no televisão, desde a sua aparição na telenovela Chuva na Areia à passagem pelo filme de José Fonseca e Costa, A Mulher do Próximo.
E é, talvez, o filme que este último evoca, que melhor poder servir de legenda a um actor que soube sempre ser igual a si próprio e dar ao seu trabalho a dignidade de um bom profissional: Um Homem às Direitas.  Também ele foi (é) um actor às direitas.
MANUEL CINTRA FERREIRA, in Expresso

MEMÓRIAS DE VIRGILIO TEIXEIRA

VIRGÍLIO TEIXEIRA
A MINHA HISTÓRIA 

Testemunho de Virgílio Teixeira à revista "Filmagem" sobre o início do sua carreira cinematográfica

Pede-me a Filmagem que escreva a minha história. Calculem! "A Minha História"... Como se eu já tivesse qualquer coisa para contar - eu que só agora comecei a trilhar o longo caminho do vida cinematográfica.
Não, para vos falar verdade, leitores, nada tenho de sensacional para relatar à laia de autobiografia de cele­bridade. Isso é bom para o Charles Boyer, que por tal sinal nos contou uma série de aventuras mais ou menos verosímeis, embora todas elas encantadoras sob o ponto de vista espectacular.
Também não posso imitar o meu camarada Barreto Poeira (camarada de profissão e de elenco no próximo filme de César de Sá e Brum do Canto, Um Homem às Direitas) por me faltar para isso um passado que valha a pena recordar. Não; também não tenho ainda "passa­do". Espero vir a ter um "futuro", se os produtores não se esquecerem de mim.
Fora isso, apenas vos posso esclarecer sobre aqueles dados biográficos elementares, que qualquer pessoa tem. Assim, dir-vos-ei que nasci no Funchal (a linda cidade da Ilha da Madeira) no dia 26 de Outubro de 1917.
Duas foram, desde sempre, as minhas predilecções: o desporto e a carreira de actor. Desta última me ocu­parei mais tarde.  Por agora limito-me a informá-los de que em 1937 e 1938 fui campeão de soltos acrobáticos.  Como devem calcular, falo-vos de natação e da Ilha da Madeira. De resto, nunca pretendi fazer-me passar por concorrente de Johnny Weissmuller.  Mas, já me sinto bastante satisfeito por ter sido campeão na minha terra...
A por disso, fui guarda-redes das primeiras categorias do "team" de futebol do Sporting Club do Madeira. No entanto, a minha estreia no futebol teve lugar em 1934, quando pertenci ao "onze" do Marítimo que se defrontou com a selecção das Canários.
A minha paixão pelo teatro e pelo cinema vem de longa data, pois, se bem me recordo, ainda andava no escola e já eu sofria com a mágoa interior de não poder representar como os ídolos que então aplaudia no palco e na tela. Essa aspiração suprema acompanhou-me pela vida fora e ainda mais se definiu quando, um dia, desco­bri que a Madeira era constantemente visitada pelas mais famosas "Stars". Mas, também se avolumava em mim a tristeza de não poder realizar o meu sonho, sobretudo por ter de o esconder, dos meus amigos mais íntimos.
Graças à boa camaradagem dos desportistas, e ainda ao facto de eu praticar dois dos mais preferidos pelas “estrelas”, que frequentemente apartavam ao Funchal, natação e ténis, tive oportunidade de ser apresentado a vários astros do cinema mundial, o que mais espicaçava a minha tentação pelo palco e pelos estú­dios.
Logo que conclui a aprendizagem da língua inglesa e depois de a prática me ter consentido um certo domínio do idioma do velha Albion, entrei francamente em con­tacto com Douglas Montgomery, June Clyde, Mary Maguire, June Knight, Dolores del Rio, etc., os quais tive como parceiros em desafios de ténis, ou por compa­nheiros em duras provas de natação.
Deste convívio nasceram então para mim alguns momentos de tortura.  Um dia, Douglas Montgomery perguntou-me à queima roupa por que não me dedica­va eu ao cinema, se reunia todas as condições para ser num futuro próximo um grande actor!...
Imaginem a minha atrapalhação! Eu que não pensa­va outra coisa, sem todavia acreditar possuir as "tais condições", fiquei como menino apanhado em flagrante a fazer uma maldade.
Recorri a todo o meu sangue frio para me mostrar indiferente, não fosse ele rir-se de pretensões que não queria ter, e ainda por eu não estar bem seguro do sin­ceridade da pergunta.
A verdade é que, com verdade ou por ironia, aquela pergunto dava-me novo alento para insistir no pensa­mento dominante: ser actor!
Mais tarde, conheci Mary Maguire, companheira adorável de quem guardo gratíssimos recordações. Também essa me fustigou com pergunto idêntica. Porque não tenta o cinema?
Mas o eterno receio de errar uma vocação, que eu queria classificar apenas de sedução pela 7ª arte, não deixou que eu desse o "passo em frente" a caminho dos estúdios.
Em compensação, dei um "passo em frente" no capí­tulo amoroso, que me levou à categoria de noivo da linda Mary Maguire...
Desfez-se o noivado, ficámos bons amigos, e eu... continuei a jogar ténis - a sonhar com o cinema...
A PRIMEIRA FILMAGEM
Estamos em 1937.
Os dias para mim decorriam serenos entre um "court" de ténis e o mar imenso, os meus dois desportos favoritos.
A ideia do cinema, a ambição do disputado lugar de grande astro da tela, tinha adormecido um pouco, mais por consciência da minha inaptidão do que por falta de estímulos exteriores.
Assim fui apresentado a Salazar Diniz, que no Funchal se dispunha fazer um documentário cine­matográfico.
Como detentor do título de campeão da Madeira em saltos acrobáticos para a água, fui convidado pelo co­nhecido operador a fazer uns saltos que ele pretendia fixar no seu documentário.
Eis-me novamente contagiado pelo desejo de entrar no "campo" duma máquina de filmar!..
Fiz saltos para a água como nunca; tudo quanto pos­suía de habilidade e energia, eu exibi para a câmara de Salazar Diniz!
E, caros leitores, perdoem-me esta inferioridade, no dia em que vi a minha imagem na tela, julguei sufocar de alegria. Antevia já os produtores do mundo inteiro, a peso de oiro?...
Afinal o tempo encarregou-se de me remeter ao justo lugar, quebrando com o esquecimento o meu infantil entusiasmo.
Nem produtores, nem realizadores, deram conta da minha existência!...
O HOMEM QUE SEMPRE GANHOU...
Chegam ao Funchal a actriz June Clyde e seu mari­do Thodon Freeland, grande realizador internacional.
Logo que lhes fui apresentado, nasceu-me uma alma nova. Outra vez às portas dos estúdios, pensava eu. Porém, evitando o assunto cinema, conversava sobre tudo o mais, verificando a vasta cultura e superior espíri­to observador no grande desportista que também era Mr. Thorton Freeland.
Na primeira partida de ténis que joguei com o afamado realizador, senti que ele tinha um forte empe­nho em me mimosear com uma derrota, em consequên­cia do minha reputação desportiva.
No meu cérebro, outra partida - e não menos renhi­do - se disputava.
Ganhar ou perder?  Quem sabe se o resultado da partida vai intervir no meu futuro cinematográfico?
Optei por perder.
Notei porém que o meu parceiro se aborrecia com uma vitória fácil.
Novamente transigi, consentindo derrotas pela tan­gente, fazendo algumas partidas emotivas e de resulta­dos imprevistos.
Mr. Freeland estava encantado com a sua "vítima" e eu rejubilava com aquela simpatia.
Tal como aconteceu com os anteriores, nunca lhe falei no pretensão de ser actor. Mas como das vezes anteriores, foi ele que me perguntou com ar mais natu­ral deste mundo: nunca fez cinema? Gosta do cinema? Porque não experimenta?
Antes que eu me refizesse da surpresa e tivesse tempo de responder, acrescentou:
- Óptimo! Já esperava essa resposta. Prepare as suas malas, porque partimos para Londres depois de ama­nhã, e deixe o resto comigo.
Como num conto de fadas, parti dois dias depois para Londres através do magestoso Atlântico, meu com­panheiro de tantas horas de prazer..
ILUSÕES PERDIDAS
Mal tocámos em Londres, Mr. Freeland viu-se rodea­do por uns tantos senhores, tipo genuinamente inglês, muito apressados por consequência.
Através das poucas palavras que chegaram até mim, percebi estar em presença de importantes produtores de filmes. .
O óbice do questão, a que me conservava alheio, era pretenderem que Mr. Freeland começasse um filme dentro de dois dias.
Deixámos a estação, e em seguida separei-me de Mr. Freeland que me prometeu notícias suas logo que os seus inúmeros afazeres lho permitissem.
Instalei-me num hotel e passei quinze dias sem noti­cias dos estúdios, mas em compensação cortei a cidade em todos os sentidos e cuscuvilhei tudo o que me pare­ceu mais curioso.
Uma manhã, retiniu o telefone no meu quarto.
Dei um salto, pois nada justificava que esse, para mim inútil, aparelho retinisse, se eu não tinha relações em Londres.
Só podia ser Mr. Freeland, e essa circunstância esti­cou-me os nervos como se fosse para o exame do 50 ano sem saber nada.
Do outro lado do fio, era realmente Mr. Freeland que me marcava um encontro nos estúdios de Denham.
Fiquei extático, de telefone em punho e numa posição tão cómica, que dei graças a Deus por estar sozinho quando voltei a encontrar-me.
A despeito do meu quarto se assemelhar a um salão de baile, senti que abafava.
Abri de par em par a janela, acendi um cigarro e aspirei a plenos pulmões o ar da rua.
Galgando com a vista os grandes edifícios da "City", sentia-me a dominar aquela imponente cidade com o meu nome inscrito nos maiores jornais, como caso nº 1da Europa.
Quando se esfumaram estas fantasias, lembrei-me então que nem sequer conhecia um estúdio.
Ía, enfim, tomar contacto com essa "boite à surprise" que me trazia obcecado!
Almocei, ou melhor, estive à mesa, pois que o apetite tinha sido mais veloz do que eu e devia àquela hora pairar sobre Denham.
Tomei um táxi e dirigi-me aos estúdios.
Como é normal na primeira entrevista com a primeira paixão, cheguei antes do hora.
Isto valeu-me uma série de embaraços, pois que a entrada dum estranho nos estúdios, ainda que vá para falar com Mr. Thorton Freeeland, não é das tarefas mais simples.
Intervieram os telefones internos numa azáfama de menina histérica, e, finalmente, fui acompanhado por um empregado através daquela pequena cidade.
De quando em quando era forçado a parar, porque o diligente cicerone chamava a minha atenção para os sinais luminosos que impunham silêncio a toda a gente.
Por fim, cheguei ao estúdio de trabalho, em cujo "sei" trabalhava naquele momento nada mais nada menos que o grande actor Charles Laughton, no filme que em Portugal se chamou Ilusões Perdidas.
Espantoso actor!
Nem tinha coragem de pensar no objectivo da minha visita, na presença daquele artista!
Logo que o "set" ficou livre, Mr. Freeland no mesmo lugar donde havia saído o grande intérprete de Nossa Senhora de Paris apresentou-me a vários directores dos estúdios, combinando comigo dali a dias filmar as primeiras provas.
Entretanto, nos bastidores da política internacional os casos tomavam aspectos de tragédia e a minha situação de estrangeiro não era dos mais brilhantes.
Fui forçado, em consequência do guerra, que era já um caso presente, a regressar à minha pátria, justa­mente quando me supunha mais próximo da realidade, da efectivação dos meus sonhos... que via desfeitos.
Lembrei-me então do filme que rodava no "set" onde fui recebido, Ilusões Perdidas, que mal pressagiou a minha entrada no cinema.
Assim regressei ao Funchal, cheio de... ilusões perdi­das...
EM LISBOA
Pouco tempo depois de ter regressado de Londres, alguma coisa me empurrava para Lisboa onde pretendia fixar residência.
Cedendo a este impulso, meti-me num vapor a cami­nho da mui nobre e leal cidade de Lisboa, a das sete colinas, a de mármore e granito.
Fácil me foi, aqui, tomar contacto com todos quanto trabalham no cinema, onde já contava alguns amigos.
Filmava-se na Tóbis o filme João Ratão.
Fui assistir às filmagens.
Não é fácil descrever a decepção que senti quando ali entrei.
Que diferença!
O material que eu vi em Londres... comparado com este!...
Boa razão têm os estrangeiros em duvidar que os nossos filmes sejam feitos com aquele material.
É necessário, para se trabalhar com "aquilo", ter a veia heróica da nossa raça. Só assim será possível tra­balhar em filmes na nossa terra.
Entretanto, fui apresentado a técnicos, artistas e pro­dutores.
Fiel ao meu princípio, a ninguém confessei a minha ambição.
Até que um dia, através da boa amiga de Ricardo Malheiros, fui apresentado a Armando de Miranda que me convidou a fazer umas provas.
Depois destas, fui solicitado para desempenhar a figura de galã no filme Ave de Arribação.
Aceitei. Fechei contrato e poucos dias depois segui para o Algarve com a equipa de filmagens.
O sonho terminara.
A realidade estava à vista, e o futuro dirá até que ponto foi útil ao Cinema Nacional a minha ambição: ser actor de cinema.

in Filmagem, 6 de Maio de 1944, 20 de Maio de 1944 e 5 de Julho de 1944
(texto publicado em três partes)

A OBRA DE UM ACTOR


VIRGÍLIO TEIXEIRA
FILMOGRAFIA


1943
O COSTA DO CASTELO
Realização: Arthur Duarte (Portugal, 1943); Argumento: Fernando Fragoso e João Bastos, segundo peça deste último; Música: António Melo, Jaime Mendes; Fotografia (p/b): Aquilino Mendes; Design de produção: Raul Faria da Fonseca; Cenários: Raul De Campos, Antero Faro, Raul Faria da Fonseca; Maquilhagem: Julio de Sousa; Som: Mário Malveira, Francisco Mesquita, Sousa Santos; Produção: Tobis Portuguesa.
Intérpretes: António Silva (Simplício Costa), Maria Matos (Mafalda da Silveira), Milú (Luisinha), Fernando Curado Ribeiro (André/Daniel), Manuel Santos Carvalho (Simão), Teresa Cazal (Isabel), Hermínia Silva (Rosa Maria), Luís de Campos, Maria Olguim, João Silva, António Sacramento, Dina Salazar, Vital dos Santos, Mendonça de Carvalho,  Oscar Acúrcio, Virgílio Teixeira, etc.
Duração: 132 min; Distribuição: Companhia Portuguesa de Filmes. Estreia: São Luiz (15.3.1943).

Daniel aluga um quarto na humilde e simpática cosa da sen­hora Rita e do senhor Januário, na Costa do Castelo, onde mora a Luisinha (uma jovem bancária orfã, que o enfeitiçou) e um popular professor de guitarra, Simplicio Costa...

1944
AVE DE ARRIBAÇÃO
Realização: Armando de Miranda (Portugal, 1943); Argumento: Armando de Miranda; Música: Armando Leça, Jaime Mendes, João Nobre; Fotografia (p/b): Salazar Dinis; Montagem: Armando de Miranda; Maquilhagem: Aurelio Rodrigues; Produção: Cinelandia.
Intérpretes: Leonor Maia (Luísa), Virgílio Teixeira (Marcos), Maria Julieta/Julieta Castelo (Wanda), Ricardo Malheira (Charroco), João Martins (alviçareiro do farol), Vitor Raposo (estudante), Lucia Mariani (Senhora Josefa), Amadeu de Moura (oficial do late), Fernando Silva (Zé do Ó), Assis Pacheco (D.  Rodrigo de Meneses), etc.
Duração: 114min. Distribuição: Cinelândia.  Estreia: Coliseu.  (13.9.1943). 

No costa algarvia, o aparecimento de Wanda, uma ameri­cana, exerce nefasta influência sobre Marcos, um jovem e honesto pescador, por quem se interessou, e que tinha uma "conversado" Luisa, que o Charroco também pretendia...

1944
UM HOMEM ÀS DIREITAS
Realização: Jorge Brum do Canto (Portugal, 1944); Argumento: J. César de Sá, segundo "Cobardias", de Liñares Rivas; Música: Jaime Mendes; Fotografia (p/b): César de Sá; Montagem: Eduardo García Maroto; Cenários: Mario Costa; Maquilhagem: Aurelio Rodrigues; Som: A.F. Quintela; Produção: Filmes Portugueses César de Sá.   
Intérpretes: Barreto Poeira (Joaquim Figueiredo), Julieta Castelo (Maria Manuela), Carmen Dolores (Fernanda), Maria Matos (Governanta Teresa), Virgílio Teixeira (José), Maria Emília Vilas/Marimília (Mãe de Manuela e de José), Barroso Lopes (Manuel), Elvira Velez (Vizinha), António Palma (Juiz), Vital dos Santos (Tio Sebastião), Armando Chagas, Cidália Meireles, Milita Meireles, António Palma, Júlio Pereira, etc.
Duração: 110 min; Distribuição: Filmes Portugueses César de Sá. Estreia: Politeamo, Condes.  (22.2.1945).

O confronto de dois temperamentos dispares: Fiqueiredo, um fanqueiro trabalhador e sóbrio; o seu cunhado, José, desorde­nado e gastador, herdeiro duma família com títulos nobil­iárquicos, mas pobre.

1944
CERO EN CONDUCTA (Madalena... Zero em Comportamento)
Realização: Fyodor Otsep (com pseudonimo de Fedor Ozep) e José María Téllez (não confirmado) (Espanha, Portugal, 1945); Argumento: László Kádár, segundo peça "Magdalena, Cero en Conducta"; Música: Eduardo F. Baptista, Armando Fernandes, Norberto Silva   (na versão portuguesa); Jorge Halpern, Federico Martínez Tudó (na versão espanhola); Maria Margarida (canção); Maria Teresa de Noronha (fado); Fotografia (P/B): Alfonso Nieva, Enzo Serafin; Montagem: Petra de Nieva; Cenários: Amalio Martínez Garí; Produção: João Lopes de Vilhena; Productores Asociados (Espanha).
Intérpretes: Irasema Dilián (Madalena), Leonor Maia (Professora), Virgílio Teixeira (Siqueira), Luís Arroyo (Primo de Siqueira), Óscar de Lemos, V. Feix, Mary Bru, Francis Alba, Félix Fernández, Marta Flores, Pilar Guerrero, Pedro Mascaró, Leonor Maya, Francisco Melgares, Guadalupe Muñoz, Sampedro, Julio Peña, Pedro Valdivieso, etc.
Duração: 88 min; Distribuição: Filmes Lumiar; Estreia: Odeon, Palácio (19.12. 1945).

As actividades escolares dum grupo de irrequietas alunas, às voltas com uma professora romântica, uma directora casmur­ra e os equívocos sentimentais inerentes à idade...

1945
A NOIVA DO BRASIL
Realização: Santos Mendes (Portugal, 1945); Argumento: Fonseca Mendes, Santos Mendes; Fotografia (p/b): Aquilino Mendes; Música: Jaime Silva Filho; Produção: Atlante Filmes.
Intérpretes: Patrícia de Lencastre (Lídia de Noronha, lvone Vilmorin), Óscar de Lemos (Segismundo de Meio), Virgílio Teixeira (Manuel de Medeiros, o Imediato), Erico Brago (Comandante), Barroso Lopes (Anastácio, o 'Barman'), Virgílio Macieira (Arnaldo de Mirando), Marius/Ventríloquo (Detective), Humilta de Macedo (Tia de Lídia), Ricardo Malheiro (Mendonça), Stélio Gil (Dr.  Dorvalino), Verónica Gil (Filha do Dr. Dorvalino), João Amaro, María Sidonio, Virgínia de Vilhena, etc.
Duração: 98 mn; Distribuição: Atlante Filmes; Estreia: Tivoli (14.5.1945).

Do Brasil, Líídia de Noronha viaja por mar, a fim de receber uma herança em Portugal.  Perseque-a uma quadrilha, sendo um dos seus membros lvone Vilmorin, sua sósia, que pretende substituir-se-lhe...

1945
JOSÉ DO TELHADO
Realização: Armando de Miranda (Portugal, 1945); Argumento: Armando de Miranda, António Reis; Diálogos: Armando de Miranda, António Reis; Música: Jaime Mendes; Fotografia (p/b): Octávio Bobone; Montagem: Armando de Miranda; Cenários: Armando Bruno; Maquilhagem: Julio de Sousa; Som: Raul Aguilar, Ramon Ubeda; Produção: Armando de Miranda.
Intérpretes: Virgílio Teixeira (José do Telhado), Adelina Campos (Aninhas, sua Mulher), Juvenal de Araújo (José Pequeno), Patrícia Álvares ('Boca Negra'), Fernando Silva (Malaquias), Flor de Almeida (Bandoleira), José Pereira (China), Ramalho Monteiro (Gordo), João Reis, Oliveira Figueiredo (Quadrilha de José do Telhado), Ana Paula Zeiger, etc.
Duração: 98 min; Distribuição: Exclusivos Triunfo; Estreia: Coliseu (Porto) (12.12.1945).

A vida lendária de José do Telhado, casado com a prima Aninhas, vencida a resistência do pai, devido à fama do seu heroismo durante a guerra civil. Mas as hastes onde militava José do Fechado acabam em debandado.

1946
CAIS DO SODRÉ
Realização: Alejandro Perla (Portugal, 1946); Argumento: João Moreira; Fotografia (p/b): Octávio Bobone; Música: Jaime Mendes; Produção: Artistas Unidos. 
Intérpretes: Ana Maria Campoy (Manuela Maria), Barreto Poeira (Ti Manel Estivador), Virgílio Teixeira, (Toino Ventura), Carlos Otero (Zé Fateixo), Augusto Costa/Costinha (Ti Canada), Julieta Castelo (Rosa), Eugénio Salvador (Chico Banana), Oscar Acúrcio (Pexelim), Vital dos Santos (Joaquim dos Santos), Alda de Aguiar (Ti Ano).
Duração: 76 mn. Distribuição: Produções Arthur Duarte/PAD; Estreia: Trindade, Capitólio (30.5.1946).

Chegado de algures ao Cais do Ribeira Nova, em Lisboa, o pescador Toino Ventura entra no "Flor do Cais do Sodré", taberna de Ti Manel Estivador, onde se envolve numa zaraga­ta. Ferido ligeiramente, tem por enfermeira dedicado Manuela Maria, filha do proprietário...

1946
LADRÃO, PRECISA-SEI...
Realização: Jorge Brum do Canto (Portugal, 1946); Argumento: Silva Tavares, Francisco Mata; Fotografia (p/b): Aurélio Rodrigues, João Silva;  Música: (Solos Piano) Manuel Rey Colaço Menano, (Solos Viola) José Duarte Costa;  Produção: Cineditora.
Intérpretes: Maria do Graça (Clara), Leonor Maia (Lena), Brunilde Júdice (Clarisse), Alda de Aguiar (Tia de Lena), Gina Bonotto (Roxinha), Isabel de Castro (Bá), Virgílio Teixeira (José), Pedra Navarro (João Lacerda), António Palma (Ladislau Sodré), Olavo d'Eça Leal (Alberto), Holbeche Bastos, Carlos Coelho, Helga Liné, Vasco Morgado, Ana Paula Zeiger, Isabel de Castro, etc. 
Duração: 98 mn.  Distribuição: Internacional Filmes; Estreia: Eden. (19.7.1946)

Ao Dr. João Lacerda desagrada o facto de Clara, sua noiva, cantar em público. E José, artista de teatro, vive apaixonado por Lena, atormentado pelo facto de um tio, que lhe deixara uma herança, ter posto como condição que lhe roubassem, até ao fim do ano, a coisa mais valiosa que possuía...

1946
LA MANTILLA DE BEATRIZ (A Mantilha de Beatriz)
Realização: Eduardo García Maroto (Espanha, Portugal, 1946); Argumento: Alfredo Echegaray, segundo romance de Manuel Pinheiro Chagas; Música: Jesús García Leoz, Jaime Mendes; Fotografia (p/b): José F. Aguayo, João de Macedo, Francesco Izzarelli; Produção: Lisboa Filme; Eduardo García Maroto, Vicente Sompere, Peninsular Films (Espanha).
Intérpretes: António Vilar (Francisco Mendonça), Virgílio Teixeira (D. Luís de Meneses), Juan Espontaleón (D. Álvaro de Mascarenhas), Margarita Andrey (Beatriz), Maria Isbert (Inês a Criada), Helga Liné (Clara), Paiva Raposo (D.Estevão de Portugal), Jesus Tordecillas (Calderón), Manuel Lereno (Carteiro), Barroso Lopes (Gonçalo, o Criado), Manolo Morán.
Duração: 103 min; Distribuição: Lisboa Filme. Estreia: Trindade (16.8.1946).

As aventuras galantes de dois pares de namorados, na tem­pestuosa Lisboa do século XVII, plena de frivolidade e roman­tismo, segundo as figuras tipificados de fidalgos e favoritos do corte...

1946
MAÑANA COMO HOY (Amanhã como Hoje)
Realização: Mariano Pombo (Espanha, Portugal, 1946); Argumento: António Mas-Guindal; Fotografia (p/b): lsy Goldberger; Música: Jesús García Leoz;  Produção: Doperfilme; Peninsular Films (Espanha). 
Intérpretes: Ana Mariscal (Vera), Elena Sotto (Mary), Teresa Cazal (Liana), Júlio Pacheco (Princesa), Júlia Lajas (Duquesa), Alfredo Mayo (Miguel), Tomás Blanco (Aduro), Carlos Carevilla (Alexis), José Maria Franco (Óscar), Julio Alymán (Werner), Virgílio Teixeira.
Duração: 71 min; Distribuição: Doperfilme. Estreia: Capitólio (Lisboa) (19.8.1948). 

No fim do última metade do século XIX, o lugar que o romantismo deixara funde-se com as tentativas naturalistas. A Europa de então conhece uma época que mistura o erótico com o sentimental. O tipo de "Don Juon" evolui, e a sociedade também...

1947
REINA SANTA (Rainha Santa)
Realização: Rafael Gil, Aníbal Contreiras (Espanha, Portugal, 1947); Argumento: Aníbal Contreiras, Rafael Gil, Frederico Tavares Alves; Fotografia (p/b): Alfredo Fraile; Música: Ruy Coelho; Montagem: Juan Serra; Design de produção: Enrique Alarcón; Guarda roupa: Humberto Cornejo; Produção: Aníbal Contreiras, Cesáreo González, Manuel J. Goyanes, Suevia Films (Espanha).
Intérpretes: António Vilar (D. Dinis), Maruchi Fresno (D.ª Isabel de Aragão), Mery Martin (Blanca), Fernando Rey (Infante D. Afonso), Virgílio Teixeira (Afonso Sanchez), Julieta Castelo (Maria Jiménez), Marujo Asquerino (Leonor), Joaquina Almanche (Dofia Maria de Molina), Milagres Leal (Dona Betera), Barreto Poeira (Escudeiro Álvaro), Juan Espantaleón, Fernando Fernández de Córdoba, María Martín, José Nieto, Julio Peña, Luis Peña, Emilio G. Ruiz, etc.
Duração: 102 min; Distribuição: Aníbal Contreiras. Estreia: Tivoli (15.9.1947).

A vida de Dª. Isabel de Aragão, exemplo de virtudes, esposa terna e mãe carinhosa, face à inconstância do marido, o rei D. Dinis, e à rebeldia do filho, o infante D. Afonso. Intrigas e peripécias sentimentais da corte, o milagre das rosas, a batalha nos campos de Alvalade (pai e filho adversos), a morte de D. Dinis, coroação do novo monarca...

1947
TRÉS ESPEJOS (Três Espelhos)
Realização: Ladislao Vajda (Portugal, Espanha, 1947); Argumento: Alfredo Echegaray   
Armando Vieira Pinto, segundo peça de Natividad Zaro; Música: Jesús García Leoz (Jesús Leoz), Jaime Mendes; Fotografia (p/b): Heinrich Gärtner ( Henrique Guerner); Maquilhagem: José María Sánchez; Som: Luís Barão, António Braz, Henrique Dominguez; Assistentes de câmara: Eloy Mella, João Moreira, Mário Moreira;
Intérpretes: João Villaret (Inspector Moisés), Paola Barbara (Condessa Manuelo), Rafael Duran (João Romano Esmoriz), Carmen Dolores (Maria Luísa), Raul de Carvalho (Banqueiro Olaio Santana), Igrejas Caeiro (assistente de Moisés), Francisco Ribeiro/Ribeirinho (Ricardo), Virgílio Teixeira (Miguel de Aguiar), Madaleno Sotto (Amable), António Silva (médico legista), Óscar Acúrcio, José Amaro, Mary Carrillo, Maria Clara, Reginaldo Duarte, Armando Ferreira, Carmen Mendes, Regina Montenegro, Sales Ribeiro, Mário Santos, Juan Vilaret, Luís de Campos, etc
Duração: 82 min;  Distribuição: Internacional Filmes. Estreia: Trindade (4.10.1947).

O capitalista João Esmoriz morre carbonizado num desastre de viação, que a policia considero de origem criminosa. Em casa do vítima, o Inspector Moisés procede a minucioso exame de detalhes, dos possíveis antecedentes, dos reflexos psicológicos do caso...

1947
EXTRAÑO AMANECER
Realização: Enrique Gómez (Espanha, 1947); Argumento: Enrique Gómez; Música: Jesús García Leoz; Fotografia (p/b): José F. Aguayo;
Intérpretes: Virgílio Teixeira, Margarita Andrey, Manuel Arbó, María Asquerino  (as Maruja Asquerino), Raúl Cancio, Manuel Abro del Val, Carlos Casaravilla, Manolo Morán, Raquel Rodrigo, Alberto Romea, etc.
Duração: 92 min;

1948
FADO - HISTÓRIA D'UMA CANTADEIRA
Realização: Perdigão Queiroga (Portugal, 1947); Argumento: Armando Vieira Pinto; Diálogos: Armando Vieira Pinto; Fotografia (p/b): Francesco lzzarelli; Música: Jaime Mendes; Montagem: Perdigão Queiroga; Som: Luís Barão, Henrique Dominguez; Produção: Lisboa Filme. 
Intérpretes: Amália Rodrigues (Ana Maria), Virgílio Teixeira (Júlio Guitarrista), António Silva (Chico Fadista), Vasco Santana (Joaquim Marujo), Tony d'Algy (empresário Sousa Morais), Raúl de Carvalho (embaixador), Eugénio Salvador (Lingrinhas), José Vitor (Pai Damião), Maria Emília Vilas/Marimília (Mãe Rosa), Alda de Aguiar (Senhora Augusta), Pestana Amorim (freguês), Erico Braga, Emilio Correia (Gil), Reginaldo Duarte (Critico 1), Armando Ferreira (Peixe Espada), Luís Filipe (Marquez), Joao Nazaret, António Palma (Autor), Henrique Santana, Jaime Santos, Carlos Velosa (Viola), Emilia Villas (Rosa), Jaime Zenóglio (Critico 2), etc.
Duração: 100 min; Distribuição: Lisboa Filme; Estreia: Trindade (Lisboa) (16.2.1948).

Em Alfama, a cantadeira Ano Maria estreia-se em público num retiro, seguindo-se o teatro e a boémia com gente da alta. Todavia, não esquece o seu homem, Júlio Guitarrista, que em vão tentara subtrai-Ia dos aplausos...

1948
UMA VIDA PARA DOIS
Realização: Armando de Miranda (Portugal, 1948); Argumento: Armando de Miranda; Fotografia (cor): Alfredo Gomes, Edoardo Lamberti; Música: Jaime Mendes;   Produção: Armando de Miranda.
Intérpretes: Virgílio Teixeira (Mário Vilar), Almeida Araújo (Marco Romano), Leonor Maia (Dionisia), Femando Garcia (chefe-de-redacção do Jornal), Raul de Carvalho, Augusto Costa/Costinha, Assis Pacheco, Maria Olguim, Emílio Correia.
Duração: 97 min; Distribuição: Minerva Filmes; Estreia: Politeama (12.1.1949).

O compositor Mário Vilar e o escritor Marco Romano compar­tilham fraternalmente uma vida de privações, sem verem reconhecidos os seus talentos - principalmente o do primeiro...

1948
THE BAD LORD BYRON (Lord Byron)
Realização: David MacDonald (Inglaterra, 1948); Argumento: Terence Young, Anthony Thorne, Peter Quennell, Laurence Kitchin; Produção: Sidney Box/Aubrey Baring. 
Intérpretes: Dennis Price, Joan Greenwood, Mai Zetterling, Sonia Holm, Virgílio Teixeira, etc.
Duração: 83 min.

1948
EL VERDUGO
Realização: Enrique Gómez (Espanha, 1948); Argumento: General Arteche, Enrique Gómez, Marcelino Menéndez Pelayo, segundo romance de Honoré de Balzac; Música: Jesús García Leoz; Fotografia (p/b): Sebastián Perera; Montagem: Antonio Gimeno; Cenários: Enrique Alarcón; Guarda roupa: Rafael Abienzo; Som: Fernando Bernáldez;
Intérpretes: Margarita Andrey, Virgílio Teixeira, Maribel Alonso, Manuel Arbó, Tomás Blanco, Marina Brusten, Julia Caba Alba, Eduardo Calvo, Rafael Luis Calvo, Carlos Casaravilla, Benjamín Damborenea, Ignacio Esparza, Luisa España, Fred Galiana, Maruja Hernández, Alfonso de Horna, Manuel Kayser, Lolita Moreno, Silvia Morgan, Carlos Muñoz, Alberto Romea, Conrado San Martín, Juana Soler, Tibor Teves, María Jesús Valdés, Elvira de Lucena, Pablo Álvarez Rubio, etc.
Duração: 87 min;  71 min (copia existente);

1949
HERÓIS DO MAR
Realização: Fernando Garcia (Portugal, 1949); Fotografia (p/b): João de Macedo, Mário Moreira, Aurélio Rodrigues; Música: Jaime Mendes; Produção: Cineditora. 
Intérpretes: Virgílio Teixeira (João Manuel), Isabel de Castro (Maria do Rosário, Toino), António Silva (Tio Petingo), Raul de Carvalho (Capitão Zé Voz), Óscar Acúrcio (Meirinho), Barreto Poeira (Contra-Mestre), Maria Matos (mulher de Petinga), Assis Pacheco (Capitão Cachim), Maria Olguim (Mãe de Toino), Vasco Morgado (Vicente). 
Duração: 118 min; Distribuição: Lusa-Artes Filmes;  Estreia: São Luiz (14.3.1949).

O heroismo e abnegação dos humildes pescadores do bacalhau portugueses que, ano após ano, sofrem mil perigos e aventuras nos distantes e gelados mares do Terra Nova e Gronelândio, tripulando os seus frágeis lugres...

1949
YO NO SOY LA MATA-HARI
Realização: Benito Perojo (Espanha, 1949); Argumento: Miguel Mihura; Música: Juan Quintero; Fotografia (p/b): Manuel Berenguer;   
Intérpretes: Niní Marshall, Virgílio Teixeira, Roberto Font, Rosita Valero, Rafael Bardem, Xan das Bolas, Julia Caba Alba,  Rafael Calva Ruiz,  Ramón Martori, Francisco Pierrá Gómez, etc.
Duração: 110 min;

1949
VENDAVAL (Tempestade)
Realização: Juan de Orduña (Espanha, 1949); Argumento: Antonio Mas Guindal; Música: Jesús García Leoz; Fotografia (p/b): José F. Aguayo;
Intérpretes: Juanita Reina, Miriam Day, Virgílio Teixeira, Rafael Bardem, José Bódalo, Eduardo Fajardo, Francisco Pierrá,  Jesús Tordesillas, Lina Yegros, etc.
Duração: 95 min;

1949
RIBATEJO
Realização: Henrique Campos (Portugal, 1949); Argumento: Henrique Campos; Música: Jaime Mendes; Fotografia (p/b): César de Sá; Montagem: Antonio Martínez; Maquilhagem: José María Sánchez; Som: Carlos Deus, Antonio García, Sousa Santos; Produção: Filmes Albuquerque.
Intérpretes: Virgílio Teixeira (António), Eunice Muñoz (Belinha), Vasco Santana (Colorau), Alves da Costa (Miguel), José Gamboa (Fernando), Maria de Lurdes (Clara), Hermínia Silva (Cigana), Brunilde Júdice (Júlia), Julieta Castelo (Maria Loba), Virgílio Macieira (Bento), María Mayer, Lourdes Norberto, Alfredo Pereira, Carlos Velosa, Fernanda de Sousa, etc.   
Duração: 115 min;  Distribuição: Filmes Albuquerque; Estreia: São Luiz (13.9.1949).

António é nomeado maioral dos touros do Quinto de Vilar do Tejo, pela sua proprietária, Belinha, cumprindo a vontade do pai. A partir desse dia, ao ver-se preterido, um antigo maioral, Miguel, passa a odiar António...

1949
A VOLTA DE JOSÉ DO TELHADO
Realização: Armando de Miranda (Portugal, 1949); Argumento: Gentil Marques, Armando de Miranda, Manuel Guimarães; Fotografia (p/b): Aquilino Mendes; Música: Jaime Mendes; Produção: Armando de Miranda.
Intérpretes:  Virgílio Teixeira (José do Telhado), Milú (Zard), Juvenal de Araújo (José Pequeno), Tomás de Macedo (Desertor), António Palma (Padre Torcato), Patrício Álvares (Administrador do Concelho), Leonor Maia (Joaninha), Emílio Correia (Morgado de Fataunços), Hermínio de Miranda (Joaquim do Telhado), Maria Olguim (Tia).
Duração: 123 min; Distribuição: Minerva Filmes.  Estreia: Capitólio (14.9.1949).

O regresso de José do Telhado, desde a evasão com o Desertor até à sua regeneração.  Destaque para a dimensão humano (revolta incontida) e a transformação moral que, com o arrependimento, o leva a renunciar à existência destemida...

1950
TORTURADOS
Realização: Antonio Mas Guindal (Espanha, 1950); Argumento: Antonio Mas Guindal; Música: Juan Quintero; Fotografia (p/b): José F. Aguayo;
Intérpretes: Miriam Day, Virgílio Teixeira, Porfiría Sanchíz, Emilio Alonso, Ramón Bonada, Irene Caba Alba, Julia Caba Alba, María Cañete, Cándida Losada, etc.
Duração: 75 min;

1950
AGUSTINA DE ARAGÓN (Agustina de Aragão)
Realização: Juan de Orduña (Espanha, 1950); Argumento: Vicente Escrivá, Ángel Fernández Marrero, Juan de Orduña, Clemente Pamplona; Música: Juan Quintero; Fotografia (cor): Theodore J. Pahle (Ted Pahle), Mariano Ruiz Capillas; Montagem: Petra de Nieva; Cenários: Sigfrido Burmann; Guarda roupa: Peris; Maquilhagem: Francisco Puyol; Assistente de realização: Fortunato Bernal; Som: Jaime Torrens;  
Intérpretes: Aurora Bautista, Manuel Luna, Virgílio Teixeira, Fernando Rey, Fernando Sancho, Jesús Tordesillas, Aníbal Vela, Juan Vázquez, Pablo Álvarez Rubio, Fernando Aguirre, Valeriano Andrés, Manuel Arbó, María Asquerino, Francisco Bernal, Faustino Bretaño, José Bódalo, Raúl Cancio, María Cañete, Alfonso de Córdoba, Eugenio Domingo, Adriano Domínguez, Juan Espantaleón, Eduardo Fajardo, Fernando Fernández de Córdoba, Rosario García Ortega, José Jaspe, Arturo Marín, Guillermo Marín, Pilar Muñoz, Fernando Nogueras, José Orjas, Miguel Pastor, Nicolás D. Perchicot, Francisco Pierrá, Antonia Plana, etc.
Duração: 126 min

1950
FLOR DE LAGO
Realização: Mariano Pombo  (Espanha, 1950); Argumento: Ramón Ferrando, Mariano Pombo, Manuel Suárez Caso, Jesús Vasallo, Natividad Zaro; Música: Jesús García Leoz; Fotografia (cor): José F. Aguayo; Montagem: Mariano Pombo; Produção: Manuel de Lara.
Intérpretes: Miriam Day, Virgílio Teixeira, Juan Ferrer, José María Lado, Mary Lamar, Profesor Mario, Lola Moreno, Enrique Raymat, Manuel Requena, Joaquín Roa, Rafael Romero Marchent, Manuel de la Rosa, Rosario Royo, Jacinto San Emeterio, Ena Sedeño, Ángel Zapata, etc.
Duração: 87 min;

1950
LA NOCHE DEL SÁBADO
Realização: Rafael Gil (Espanha, 1950); Argumento: Antonio Abad Ojuel, Rafael Gil, segundo peça de Jacinto Benavente; Música: Manuel Parada; Fotografia (cor): Michel Kelber; Montagem: José Antonio Rojo; Design de produção: Enrique Alarcón; Cenários: Enrique Alarcón; Direcção de produção: Manuel J. Goyanes; Produção: Cesáreo González / Suevia Films (Espanha).
Intérpretes: María Félix (Imperia), Rafael Durán (Principe Miguel), María Rosa Salgado (Donina), José María Seoane (Leonardo), Virgílio Teixeira, Manuel Fábregas (Principe Florencio), Carmen Sánchez, Diego Hurtado, Luis Hurtado, Manuel Kayser, José Prada, Manuel Rosellón, José Vivó, Manuel Aguilera, Fernando Aguirre, Mariano Asquerino, María Asquerino, Francisco Bernal, Julia Delgado Caro, Juan Espantaleón, Fernando Fernán Gómez, Antonio Fraguas, etc.
Duração: 79 min;

1951 
LA LEONA DE CASTILLA (Leoa de Castela)
Realização: Juan de Orduña (Espanha, 1950); Argumento: Vicente Escrivá, Juan de Orduña, segundo peça de Francisco Villaespesa; Música: Juan Quintero; Fotografia (cor): Alfredo Fraile; Montagem: Petra de Nieva; Supervisão histórica: José D'Hoy; Produção: Cifesa.
Intérpretes: Amparo Rivelles, Virgílio Teixeira, Alfredo Mayo, Manuel Luna, Laly del Amo, Manuel Arbó, Eduardo Bonada, Faustino Bretaño, José Buhigas, Antonio Casas, María Cañete, Germán Cobos, Rafael Cortés, Adriano Domínguez, Eduardo Fajardo, Luis Fernández, César Guzmán, José Jaspe, Francisco Maroto, Arturo Marín, Ángel Monís, Carlos Osorio, Teófilo Palou, Miguel Pastor, Nicolás D. Perchicot, Luis Peña, Francisco Pierrá, Antonio Riquelme, Domingo Rivas, Santiago Rivero, Alberto Romea, Rafael Romero Marchent, Jesús Tordesillas, etc.
Duração: 106 min;

1951
ALBA DE AMERICA (Cristovão Colombo e a América)
Realização: Juan de Orduña (Espanha, 1951); Argumento: José Rodulfo Boeta, Juan de Orduña; Música: Juan Quintero; Fotografia (cor): Alfredo Fraile; Montagem: Petra de Nieva; Cenários: Sigfrido Burmann; Produção: Cifesa.
Intérpretes: António Vilar, Amparo Rivelles, José Suárez, Virgílio Teixeira, María Martín, Antonio Casas, Ana María Custodio, José Marco Davó, Eduardo Fajardo, Manuel Luna, Nicolás D. Perchicot, Alberto Romea, Jesús Tordesillas, etc.
Duração: 112 min;

1952
NAZARÉ
Realização: Manuel Guimarães (Portugal, 1952); Argumento: Manuel Guimarães, Alves Redol; Música: Jaime Silva Filho; Fotografia (p/b): João Moreira; Montagem: Jorge de Sousa; Maquilhagem: Aguiar de Oliveira; Direcção de produção: Carlos de Arbués; Assistente de realização: Jorge de Sousa; Som: Luís Barão, Henrique Dominguez; Assistentes de produção: Manuel Barão, Vasco Leal, Noémia Malveira, Almeida Santos, Jorge de Arbués, etc. Produção: Pró­Filmes.
Intérpretes: Virgílio Teixeira (António Manato), Helga Liné (Maria do Nazoré), Artur Semedo (Manuel Manota), Maria José (Estrela), Luís de Campos (Ti Augusto Mar Ruim), Manuel Lereno (Torcido), Maria Olguim (Ti lsaura), Maria Schulze (Emília), José Vitor (Ti Manel Peixe Mau), Jaime Santos (Gagan), Pestana de Amorim, João Iglezias, Almeida Santos, Dórdio Guimarães, Manuel Vagos, António Batista, etc. 
Duração: 83 min. Distribuição: Vitória Filme; Estreia: Eden (12.12.1952):

A existência árdua mas heróica duma comunidade piscatória, seus conflitos e sentimentos individuais, sobressaindo do drama colectivo, sempre com o mar como holocausto ou origem fertilizadora...

1952
LOLA LA PICONERA (Lola, a Piconera)
Realização: Luis Lucia (Espanha, 1952); Argumento: Ricardo Blasco, José Luis Colina, Luis Lucia, segundo a peça "Cuando las Cortes de Cádiz", de José María Pemán; Música: Rafael de León, Juan Quintero, Manuel L. Quiroga (canções); Fotografia (cor):
Theodore J. Pahle; Montagem: Juan Serra; Cenários: Sigfrido Burmann; Maquilhagem: Carmen Martín; Direcção de produção: Apolinar Garcia, Fernando Navarro, Enrique Rivas; Assistente de realização: Ricardo Blasco, Ricardo Quintana; Som: Antonio Alonso Ciller, Jaime Torrens; Guarda roupa: Peris, Pertegaz; Coreógrafo: Alberto Torres; Produção: Juan Manuel de Rada; Produção: Cifesa.
Intérpretes: Juanita Reina  (Lola), Virgílio Teixeira (Capitão Gustavo), Félix Dafauce (Juan de Acuña), Manuel Luna (Mariscal Víctor), Fernando Aguirre, Mariano Alcón, Valeriano Andrés (Tenente Jouvert), Matilde Artero, Francisco Bernal (Gerard), Alfonso de Córdoba, Ana Esmeralda (Bailarina), Fernando Fernández de Córdoba (General Alburquerque), José Guardiola (Gallardo), Manuel Guitián, Casimiro Hurtado (sapateiro), José Isbert (soldado José Rodríguez), Delia Luna (rapariga), Concha López Silva (cigana velha), Arturo Marín (chefe dos ciganos), José Masi, Fernando Nogueras (Rafael Otero), Miguel Pastor (Venegas), Nicolás D. Perchicot, Manuel Requena, Antonio Riquelme (Domingo), Domingo Rivas (oficial), Alberto Romea (Salazar), Emilio Santiago, José Toledano, Ángel Álvarez, etc.
Duração: 89 min;

1952
EL CERCO DEL DIABLO (Alma Cercada)
Realização: Edgar Neville, José Antonio Nieves Conde, Enrique Gómez, Antonio dei Amo, Arturo Ruiz Castillo, José Maria Elorrieta (Espanha, 1950); Argumento: Camilo José Cela, José María Elorrieta, Gumersindo Montes Agudo, Edgar Neville, José Antonio Pérez Torreblanca, Gonzalo Torrente Ballester; Música: Jesús García Leoz; Fotografia (cor): José F. Aguayo, Heinrich Gärtner   (Enrique Guerner); Montagem: Sara Ontañón;
Intérpretes: José Bódalo, Fernando Rey, Luis Prendes, Virgílio Teixeira, Conchita Montes, Fernando Aguirre, Margarita Andrey, Valeriano Andrés, Rafael Bardem, Antonio Casas, Manuel Dicenta, Julio Ferrer, Juan García del Diestro, Manrique Gil, Manuel de Juan, José María Lado, Agustín Laguilhoat, Guillermo Marín, Manuel Medina, Trini Montero, Gina Montes, José Prada, Antonio Riquelme, Tilda Thamar, Ángel Álvarez, etc.
Duração: 110 min;

1953
LA HIJA DEL MAR /LA FILLA DEL MAR
Realização: Antonio Momplet (Espanha, 1953); Argumento: Francisco Bonmatí de Codecido, Juan Lladó, José Antonio de la Loma, Marín A. López, segundo peça teatral de  Ángel Guimerá; Música: Augusto Algueró, filho; Fotografia (cor): Emilio Foriscot; Montagem: Ramón Quadreny; Produção: - Valentín Salient (Espanha).  
Intérpretes: Virgílio Teixeira, Isabel de Castro, Merecedes de la Aldea, Jesús Colomer, Ramona Cubexes, Emilio Fábregas, Luis Induni, Manuel Luna, Fernando Martínez, Faustina Nieto, Carlos Otero, María Luisa Parona, Nicolás D. Perchicot, Juana Soler, etc.
Duração: 76 min.   

1954
NUBES DE VERANO (Parabéns, Senhor Vicente!)
Realização: Arthur Duarte (Portugal, Espanha, 1954); Argumento: Arthur Duarte, Ángel Gamón, Silva Tavares; Música: César Latorre; Fotografia (cor): Mariano Ruiz Capillas; Montagem: Petra de Nieva; Cenários: José Algueró, José María Moreno; Maquilhagem: Manuela Mercader, Adolfo Ponte; Direcção de produção: Augusto Bone; Assistente de realização: Carlos Bone, Augusto Fraga; Som: Plácido Colmenares, Paulino García; Produção: Arthur Duarte; Cine-As (Espanha).
Intérpretes: Manuel Santos Carvalho (Vicente), Virgílio Teixeira (Carlos), Ana Paula (María Rosa), Maria Olguim (Aurora), Félix Dafauce (Adolfo), José Isbert (Pablo), Manuel Arbó, Matilde Artero, Juanita Azorín, María Bárbara, Juan Cazalilla, María Cañete, Francisco de Cossío, Pedro I. De Paul, Adriano Domínguez, Arthur Duarte, Augusto Fraga, Manuel Guitián, José María Martín, Carmen Mendes, Ana Moreno, José Luís Nobre, Pilar Sirvent, Marujita Torres, etc.
Duração: 85 min;  Distribuição: Exclusivos Triunfo;  Estreia: Condes  (2.7.1954).

Vicente, um homem bondoso e simples, procura amargurada­mente, durante um dia, quem lhe empreste certa quantia para pagar a letra de que ficara por fiador. Todos, mesmo Filipe, seu antigo empregado no mercearia, se negam com desculpas hipócritas...

1954
EL PADRE PITILLO (O Padre Piedade)
Realização: Juan de Orduña (Espanha, Portugal, 1954); Argumento: Manuel Tamayo, segundo peça teatral de Carlos Arniches; Música: Juan Quintero; Fotografia (cor): José F. Aguayo; Montagem: Antonio Cánovas; Cenários: Sigfrido Burmann; Guarda roupa: Peris; Maquilhagem: Rodrigo Gurrucharri, Teresa Plumet, Vicenta Salvadó; Direcção de produção: Fortunato Bernal, J. Hortelano, Tomás de la Plaza Alonso; Assistente de realização: José Gómez Moreno, Joaquín Vera; Som: Enrique de la Riva; Produção: Juan de Orduña; Produção: Doperfilme; Orduña Films (Espanha).
Intérpretes: Intérpretes: Valeriano León (Padre Froilón), Virgílio Teixeira (Bernabé), Margarita Andrei (Rosita), Aurora Redondo (Camilo), José Nieto (Don Custodio), José Sepúlveda (Aniceto), Josefina Serratosa (Dona Dolores), Modesto Cid, Ramán Martori, Juan Capri, Carmen Pallarés, Carmen Unceta, María Severini, Salvador Garrido, Emma Picó, Pacita Tomás, Joaquín Villa, Luis Orduña, etc.  
Duração: 90 min; Distribuição: Doperfilme; Estreia: Avis (15.8.1958).

Pitoresco e resmungão, o padre 'Piedade' vive a sua santa existência, na esperança de uma vida eterna, até que um incidente vem cortar a sua tranquilidade...

1954
UN DIA PERDIDO
Realização: José María Forqué (Espanha, 1954); Argumento: Noel Clarasó, José María Forqué; Música: Isidro B. Maiztegui; Fotografia (cor): Cecilio Paniagua; Montagem: Petra de Nieva; Cenários: A. Iribarren, Enrique Salvat; Maquilhagem: José María Sánchez; Direcção de produção: Augusto Bone, Carlos Bone; Assistente de realização: Sinesio Isla; Som: Paulino García; Produção: Javier Tusell.
Intérpretes: Ana Mariscal (Madre Lucía), Virgílio Teixeira (Andrés), Elvira Quintillá (Hermana Matilde), María Dulce (Hermana Rosa), Elena Barrios (Conchita), Josefina Bejarano (dona do andar), Manuel Bermúdez 'Boliche', Xan das Bolas, Irene Caba Alba, Julia Caba Alba, José Calvo (Inspector), Lina Canalejas, Noel Clarasó, Diana Cortesina, Félix Dafauce (Sr. Roca), Félix Fernández (artista), Antonio Garisa, José Isbert (Paco), Milagros Leal (Senhora Pacheco), José Luis López Vázquez (Martín Poblete), Mercedes Muñoz Sampedro (Porteira), Antonio Ozores (Noivo), Miguel Pastor (Doctor), Gustavo Re (Porteiro), Rosario Royo, Ana María Ventura 'Chirri', Carmen Vázquez Vigo,
Duração: 80 min.

1954
CAÑAS Y BARRO (Terra Maldita)
Realização: Juan de Orduña (Espanha, 1954); Argumento: Riccardo Pazzaglia, Giorgio Prosperi, Vittorio Sala, Manuel Tamayo, segundo romance de Vicente Blasco Ibáñez; Música: Ricardo Lamotte de Grignón; Fotografia (cor): José F. Aguayo; Montagem: Antonio Cánovas; Cenários: Sigfrido Burmann; Produção: Juan de Orduña.
Intérpretes: Anna Amendola, Virgílio Teixeira, José Nieto, Juan Capri, Modesto Cid, Társila Criado, Erno Crisa, Félix Fernández, Fortunato García, José Ramón Giner, Ángel Jordán, Ramón Martori, Pedro Mascaró, Juan Monfort, José Moreno, Consuelo de Nieva, Luis Orduña, Aurora Redondo, Delia Scala, Saro Urzì,   
Duração: 97 min.

1955
ZALACAIN El AVENTURERO (Zalacain, o Aventureiro)
Realização: Juan de Orduña (Espanha, 1955); Argumento: Manuel Tamayo, segundo romance de Pío Baroja; Música: Juan Quintero; Fotografia (cor): José F. Aguayo; Montagem: Antonio Cánovas; Cenários: Sigfrido Burmann;
Intérpretes: Virgílio Teixeira, Jesús Tordesillas, Elena Espejo, Carlos Muñoz, Margarita Andrey, Manuel Arbó, Pío Baroja, Olga Batalla, Harry Bell, José Bergia, María Rosa Burgués, Juan Capri, María Cañete, Modesto Cid, José María Cossío, María Francés, Lolo García, Luis Induni, Mariana Larrabeiti, Rosario León, Humberto Madeira, Ramón Martori, Juan de Orduña, María Dolores Pradera, Roberto Samsó, Patrocinio Selva, José Sepúlveda, Josefina Serratosa, José Vidal, etc.
Duração: 93 min.

1955
LA HERMANA ALEGRIA (A Freira Cigana)
Realização: Luis Lucia (Espanha, 1955); Argumento: José Luis Colina, Luis Lucia, segundo peça "La casa del olvido", de Luis Fernández de Sevilla; Música: José Ruiz de Azagra; Fotografia (cor): Antonio L. Ballesteros; Montagem: José Antonio Rojo; Cenários: Gil Parrondo, Luis Pérez Espinosa; Produção: Benito Perojo/Cesareo González (Espanha).
Intérpretes: Lola Flores, Susana Canales, Manuel Luna, Margarita Robles, Virgílio Teixeira, Margarita Andrey, Rafael Bardem, Milagros Carrión, Hebe Donay, Delia Luna, Francisco Pierrá, Elvira Quintillá, Rosa Valero, etc.
Duração: 85 min.

1956
POLVORILLA
Realização: Florián Rey (Espanha, 1956); Argumento: Pascual Guillén, Ramón Perelló,
Florián Rey, segundo peça "Los caballeros", de  Antonio Quintero; Música: Fernando García Morcillo; Fotografia (cor): Miguel Fernández Mila;
Intérpretes: Marujita Díaz, Virgílio Teixeira, Rafael Albaicín, Manuel Arbó, Manuel Guitián, Casimiro Hurtado, Miguel Ligero, Ángel Álvarez, etc.
Duração: 83 min;  

1956
PERDEU-SE UM MARIDO
Realização: Henrique Campos (Portugal, 1956); Argumento: Fernando Fragoso, segundo peça de teatro "Perdeu-se um Marido", de Manuel Frederico Pressler; Fotografia (p/b): João Moreira; Música: Jaime Mendes; Montagem: Isabel de Sá; Maquilhagem: Aguiar de Oliveira; Assistente de realização: Teresita Miranda; Produção: Lisboa Filme.
Intérpretes: Laura Alves (Isabel), António Silva (Luís), Virgílio Teixeira (Eduardo), Josefina Silva (Albedina), Augusto Costa/Costinha (gerente do Hotel), Carmen Mendes (Senhora Exaltada), Alves da Costa (Médico-Chefe), Artur Semedo (Dr.  Dias), José Viana (Doido), Raul Solnado (Funcionário), Julia Barroso, Fernanda Borsatti, María Bárbara, Canto e Castro, Carlos Coelho, Magno Coelho, Costinha, Joaquim Miranda, Manuel Neves, Américo Patela, Hermínio Simões, Maria da Luz, etc,
Duração: 83 min; Distribuição: Lisboa Filme; Estreia: Monumental (19.2.1957).

Atropelados por um automóvel e levados ao hospital, Isabel e Luis não estão feridos, mas sofreram forte comoção: ela afirma serem casados, ele diz que não a conhece.  Julgando-a amnésica, os médicos convencem Luís a colaborar na sua cura...

1956
ALEXANDER THE GREAT (Alexandre, o Grande)
Realização: Robert Rossen e Michael Forlong (segunda parte) (EUA, 1956); Argumento: Robert Rossen; Música: Mario Nascimbene; Fotografia (cor): Robert Krasker, Theodore J. Pahle; Montagem: Ralph Kemplen; Direcção artística: Andrej Andrejew; Guarda roupa: David Ffolkes; Maquilhagem: David Aylott; Assistente de realização: Piero Mussetta; Efeitos especiais: Cliff Richardson; Produção: Gordon S. Griffith, Robert Rossen;
Intérpretes: Richard Burton (Alexander), Fredric March (Philip of Macedonia), Claire Bloom (Barsine), Barry Jones (Aristotle), Harry Andrews (Darius), Stanley Baker (Attalus), Niall MacGinnis (Parmenio), Peter Cushing (Memnon), Michael Hordern (Demosthenes), Marisa de Leza (Eurydice), Gustavo Rojo (Cleitus), Rubén Rojo (Philotas), Peter Wyngarde (Pausanias), Helmut Dantine (Nectenabus), William Squire (Aeschenes), Frederick Ledebur (Antipater), Virgílio Teixeira (Ptolemy), Teresa del Río (Roxane), Julio Peña (Arsites), José Nieto (Spithridates), Carlos Martínez Baena (Nearchus), Larry Taylor (Perdiccas), José Marco Davó (Harpalus), Ricardo Valle (Hephaestion), Carmen Carulla (Stateira), Jesús Luque (Aristander), Ramsay Ames (mulher bêbada), Ellen Rossen (Amytis), Carlos Acevedo (Ochus), Danielle Darrieux (Olympias), Manuel Arbó, Sergio Orta, Mario de Barrios, María Teresa del Río, etc.
Duração: 143 min. (Rodado em Espanha).

1957
LOS MISTERIOS DEL ROSARIO ou THE 15tm MISTERY OF THE ROSERY
Realização: Joseph Breen, Fernando Palacios (EUA, 1957); Argumento: Thomas W. Blackburn, Robert Gough, John T. Kelly, James O'Hanlon, Robert Hugh O'Sullivan; Música: José Muñoz Molleda; Fotografia (cor): Edwin B. DuPar;
Intérpretes: Alicia Altabella, Manuel Arbó, María Bassó, Carlota Bilbao, Xan das Bolas, Carlos Casaravilla, Antonio Casas, José Marco Davó, Maruchi Fresno, Manuel Monroy, Félix de Pomés, Luchy Soto, Virgílio Teixeira, Ángel Ter, Antonio Vilar, Manuel Zarzo, Pablo Álvarez Rubio, etc.
Série de televisão, em 15 episódios, rodada em Espanha.

1957
DOIS DIAS NO PARAÍSO
Realização: Arthur Duarte (Portugal, 1957); Argumento: João Bastos, Eduardo Damas, Amadeu do Vale, Arthur Duarte, Fernando Fragoso, Carlos Lopes, Silva Tavares; Música: António Melo, Jaime Mendes, Manuel Pavão (também canções); Fotografia (p/b): João Moreira; Montagem: Isabel de Sá; Guarda roupa: Pinto de Campos; Maquilhagem: Aguiar de Oliveira; Direcção de produção: Luiz Miranda; Assistente de realização: Teresita Miranda; Som: Luís Barão, António Braz,Enrique Domínguez; Cenários: Mário Alberto, Pinto de Campos; Produção: Lisboa Filme.
Intérpretes: Milú (Diana Delmar), Virgílio Teixeira (Eduardo Pimentel), António Silva (António Azevedo), Carmen Mendes (Flora de Abril), Augusto Costa/Costinha (Pepe Muñoz), Luís Tito (Jorge do Silveira), Josefina Silva (Conceição), Humberto Madeira (Chefe Santos), Aura ­Abranches (Ti Ana), Patrício Álvares (Ti Jaquim), Artur Agostinho, Alves da Costa, Carlos Coelho, Sales Ribeiro, Holbeche Bastos, Jose Vitor, Ruy Metelo, Judite Dorisini, Américo Patela, Hermínio Simões, Fernando Muralha, Carlos Alberto, Fernando Isidro, Maria Adelaide, Manuel Neves, Fernando Ávila, Anita de Azevedo, José Carvalho, Amadeu Lomar, Rose Marie Falcke,  João Macedo, Afonso Moreno, Luís Cerqueira, Carlos Graça, Jaime Mendes, Guida Maria, Leonel Costa, e os jogadores de hoquei Matos, Correia dos Santos, Lisboa, Perdigão, Jesus Correia, Cruzeiro, Virgílio, Raposo, Traba, etc.
Duração: 143 min; Distribuição: Lisboa Filme; Estreia: Eden, Alvalade (6.9.1957).

Diana Delmar, vedeta do revista portuguesa "Dois Dias no Paraíso", no centésima representação em Madrid, parte ines­peradamente de avião para Lisboa, ao receber um telegra­ma...

1957
LA ESTRELLA DEL REY
Realização: Luis Maria Delgado, Arduino Maiuri (Espanha, 1957); Argumento: Arduino Maiuri, José Santugini, Dino Maivri; Música: Salvador Ruiz de Luna; Fotografia (cor): José María Beltrán; Montagem: Albert Gasset Nicolau; Cenários: Eduardo Torre de la Fuente; Produção: lgnacio Gutiérrez, Eduardo Manzanos Brochero.   
Intérpretes: Irasema Dilián, Virgílio Teixeira, Ana María Custodio, María Cuadra, Mario de Bustos, María Carrizo, Ramón Cazorla, Montserrat Comallonga, Pedro Delage, Camino Delgado, Luis Fernández, Miguel Ángel Ferriz, Clotilde Gijón, Emilio González, José Goula, Mateo Guitart, José Hornos, Enrique Imbert, Ángel Jordán, Alfonso Martínez, Carlos May, Pedro Mir, Marcelino Montalvo, Emilia Montaño, Nelly Morelli, Ángel Moreno, Miguel Navarrete, Miguel Paisard, Francisco Pallarés, Jesús Puche, Julio Roca, José Santamaría, Carmen Sánchez, Telesforo Sánchez, Ramón Vaccaro, Pedro Valdivieso, etc.
Duração: 93 min.    

1958
HÁBANERA
Realização: José María Elorrieta (Espanha, 1958); Argumento: José María Elorrieta, M. Iglesias, Manuel Sebares; Fotografia (cor): Alfonso Nieva; Montagem: Antonio Gimeno; Direcção artística: Georges Roos, Teddy Villalba; Cenários: Teddy Villalba; Guarda roupa: Teddy Villalba; Maquilhagem: Lola Clavell, Lola Merlo, José María Sánchez; Direcção de produção: Gonzalo Asensio; Assistente de realização: Manuel de la Cueva; Som: Jesús Jiménez; Produção: Ignacio Gutiérrez, M. Ruiz de Lihory.
Intérpretes: Lolita Sevilla, Virgílio Teixeira, Antonio Casas, Félix de Pomés, Heriberto Pastor Serrador, Eulalia Tenorio, Israel Rivero, José Toledano, José Villasante, Amalia Ariño, Koko Fernández, Nora Sanso, José Riesgo, Pilar Gómez Ferrer, Ángel Duarte,   Agustín Povedano, Negro Silva, Rufino Inglés, Alfonso Rojas, José María Tasso, Domínguez Luna, Rosario Royo, Juan Cazalilla, Alicia Muñoz, Manuel San Román, María Teresa Masso, Domingo Rivas, Reina Montes, Los Xey, Antonio Almorós, etc.
Duração: 95 min. 

1958
LA TIRANA (A Tirana)
Realização: Juan de Orduña (Espanha, 1958); Argumento: Antonio Mas Guindal; Música: Juan Solano; Fotografia (cor): Cecilio Paniagua; Montagem: Antonio Cánovas; Cenários: Sigfrido Burmann; Coreografo: Manuel Lombardero; supervisor artístico: Antonio Mas Guindal; Produção: Juan de Orduña
Intérpretes: Paquita Rico, Gustavo Rojo, Pedro López Lagar, Virgílio Teixeira, Fortunato Bernal, Mario Beut, José María Cases, Mary Delgado, Núria Espert, Miguel Fleta, Marta Flores, Mateo Guitart, Ricardo Hurtado, Vicky Lagos, José Moreno, Luz Márquez, Consuelo de Nieva, Jesús Puche, Teresa del Río, María Saavedra, etc.
Duração: 92 min.

1958
THE 7TH VOYAGE OF SINBAD (A Sétima Viagem de Sinbad)
Realização: Nathan Juran (Inglaterra, EUA, 1958); Argumento: Ken Kolb; Música: Bernard Herrmann; Fotografia (cor): Wilkie Cooper; Montagem: Edwin H. Bryant, Jerome Thoms; Criação de figuras: Ray Harryhausen; Produção: Ray Harryhausen, Charles H. Schneer. Morningside (EUA).
Intérpretes: Kerwin Mathews (Sinbad), Kathryn Grant (Princess Parisa), Richard Eyer (Baronni the Genie), Torin Thatcher (Sokurah, o mágico), Alec Mango (Caliph), Virgílio Teixeira (Ali), Danny Green (Karim), Harold Kasket (Sultan), Alfred Brown (Harufa), Nana DeHerrera (Sadi), Nino Falanga, Luis Guedes, etc.
Duração: 89 min. (Rodado em Espanha - Barcelona).

1959
CARTA AL CIELO
Realização: Arturo Ruiz Castillo (Espanha, 1959); Argumento: José María de Quintana; Música: Cristóbal Halffter; Fotografia (cor): Alfonso Nieva; Montagem: Magdalena Pulido; Cenários: Antonio Simont.
Intérpretes: Yvonne Furneaux, Ángel Picazo, Virgílio Teixeira, Carlota Bilbao, Inocencio Barbán, Rafael Bardem, Carmen Bernardos, Juan Cazalilla, José Ignacio Corrales, Antonio Fernández, Diego Garrido, José Gayo, Manuel Guitián, José María Lado, Luis de Luque, Francisco Martín, Antonio Moreno, Mario Moreno, Jesús Narro, Dolores Nevares, José Néstor, José Prada, Domingo Rivas, Santiago Rivero, Alfonso Rojas, Matilde Schaefer, Luis A. Vela, Ángela Yegros, Juan Pedro Zabala, etc.
Duração: 80 min.

1959
TOMMY THE TOREADOR
Realização: John Paddy Carstairs (Inglaterra, 1959); Argumento: George H. Brown, Patrick Kirwan; Produção: - Fanfare.
Intérpretes: Tommy Steele, Janet Munro, Sidney James, Bernard Cribbins, Virgílio Teixeira, etc.
Duração: 90 min.

1959
SOLOMON AND SHEBA (Salomão e a Rainha de Sabá)
Realização: King Vidor (EUA, 1959); Produção: King Vidor/Ted Richmond.
Argumento: Anthony Veillier, Paul Dudiey, George Bruce.  
Intérpretes: Yul Brynner, Gina Lollobrigida, George Sanders, Marisa Pavan, Virgílio Teixeira.
Duração: 141 min.

1960
THE BOY WHO STOLE A MILLION
Realização: Charles Crichton (Inglaterra, 1961); Argumento: Charles Crichton, John Eldridge, Niels West-Larsen; Música: Tristram Cary; Fotografia (cor): Douglas Slocombe; Montagem: Peter Bezencenet; Produção: George H. Brown (Inglaterra / EUA).   
Intérpretes: Virgílio Teixeira (Miguel), Maurice Reyna (Paco), Marianne Benet (Maria), Harold Kasket (Luis), George Coulouris, Bill Nagy, Warren Mitchell (Pedro), Tutte Lemkow (Mateo), Xan das Bolas, Francisco Bernal, Edwin Richfield, Bernabe Barta Barri, Herbert Curiel, Gaylord Cavallaro, Paul Whitsun-Jones, Robert Rietty, Mike Brendel, Juan Olaguivel, Victor Majica, Curt Christian, Cyril Shaps, Toni Fuentes, Organ Grinder, Andreas Malandrinos, Goyo Lebrero, etc.
Duração: 65 min. 

1961
ROSA DE LIMA
Realização: José María Elorrieta (Perú, Espanha, 1961); Argumento: Manuel Sebares, Juan Antonio Verdugo; Música: Federico Contreras; Fotografia (cor): Alfonso Nieva; Produção: Cooperativa Cinemotografica Unión (Perú).
Intérpretes: María Mahor, Antonio Almorós, Frank Latimore, Virgílio Teixeira, Lina Yegros, Tota Alba, Manuel de Blas, Paula Martel, Heriberto Pastor Serrador, etc .
Duração: 90 min. 

1961
EL CID (El Cid)
Realização: Anthony Mann (EUA, Espanha, 1961); Argumento: Philip Yordan, Fredric M. Frank, Ben Barzman (origináriamente não creditado); Música: Miklós Rózsa; Fotografia (Cor): Robert Krasker; Montagem: Robert Lawrence; Design de produção: Veniero Colasanti, John Moore; Cenários: Veniero Colasanti, John Moore; Guarda roupa: Veniero Colasanti, John Moore; Maquilhagem: Grazia De Rossi, Mario Van Riel; Direcção de produção: Leon Chooluck, Guy Luongo; Assistantes de Realização: Yakima Canutt, José López Rodero, José María Ochoa, Luciano Sacripanti; Som: Verna Fields, Gordon K. McCallum, Jack Solomon; Efeitos Especiais: Jack Erickson, Alex Weldon; Produção: Samuel Bronston, Jaime Prades, Michael Waszynski; Produção: Samuel Bronston, Dear Film, Allied Artists (Itália/ Espanha/ Estados Unidos).
Intérpretes: Charlton Heston (El Cid - Rodrigo Diaz de Vivar); Sophia Loren (Jimena), Raf Vallone (Conte Ordonez), Geneviève Page (Princesa Urraca), John Fraser (Principe Alfonso), Gary Raymond (Principe Sancho), Hurd Hatfield (Arias), Massimo Serato (Fanez), Frank Thring (Al Kadir), Michael Hordern (Don Diego), Andrew Cruickshank (Conde Gormaz), Douglas Wilmer (Moutamin), Virgílio Teixeira, Tullio Carminati (Padre), Ralph Truman (Rei Fernando), Christopher Rhodes (Don Martin), Carlo Giustini (Bermudez), Gérard Tichy (Rei Ramirez), Fausto Tozzi (Dolfos), Barbara Everest (Madre Superior), Katina Noble (Freira), Nerio Bernardi (Soldado), Franco Fantasia (Soldado), Herbert Lom (Ben Yussuf), Rosalba Neri, etc.
Duração: 184 min.

1961
JULIA Y EL CELACANTO
Realização: Antonio Momplet (Espanha, 1961); Argumento: Ángel del Castillo, Noel Clarasó, segundo peça de teatro de José Luis Alcofar; Música: Federico Martínez Tudó; Fotografia (cor): Aurelio G. Larraya; Produção: J. Antonio Martínez y Arávalo (Espanha).
Intérpretes: Conchita Velasco, Tony Leblanc, Virgílio Teixeira, Carlos Casaravilla, Alberto Berco, María Belén Fernández, Lill Larsson, Matilde Muñoz Sampedro, etc.
Duração: 92 min.

1962
USTED TIENE OJOS DE MUJER FATAL
Realização: José María Elorrieta (Espanha, Argentina, 1962); Argumento: José María Elorrieta, José Manuel Iglesias, Juan Antonio Verdugo, segundo romance de Enrique Jardiel Poncela; Música: Federico Moreno Torroba; Fotografia (cor): Alfonso Nieva; Produção: CICE.
Intérpretes: Manuel Gómez Bur, Susana Campos, Virgílio Teixeira, Marta Podován, Trini Alonso, Carlos Casaravilla, Heriberto Pastor Serrador, María Silva, etc.
Duração: 100 min.

1962
THE HAPPY THIEVES (Os Alegres Ladrões)
Realização: George Marshall (EUA, 1962); Argumento: John Gay, segundo romace de Richard Condon (The Oldest Confession); Música: Mario Nascimbene; Fotografia (cor): Paul Beeson; Montagem: Oswald Hafenrichter; Guarda roupa: Pierre Balmain, Pedro Rodríguez; Maquilhagem: John O'Gorman; Direcção de produção: Edward Woehler; Som: Josh Fisher; Produção: Rita Hayworth, James Hill; Produção: Hillwodh (Alemanha Ocidental/EUA/Espanha).
Intérpretes: Rita Hayworth (Eve Lewis), Rex Harrison (Jimmy Bourne), Joseph Wiseman (Jean Marie Calbert), Alida Valli (Duquesa Blanca), Grégoire Aslan (Dr. Munoz), Virgílio Teixeira (Cayetano), Peter Illing (Mr. Pickett), Britta Ekman (Mrs. Pickett), Georges Rigaud (Inspector), Gérard Tichy (Antonio), Bernabe Barta Barri, Toni Fuentes, Yasmin Khan, Julio Pena, Karl-Heinz Schwerdtfeger, Lou Weber, etc.
Duração: 89 min. (Rodado em Los Angeles).

1962
EL BALCÓN DE LA LUNA 
Realização: Luis Saslavsky (Espanha, 1962); Argumento: Jorge Feliú, José María Font, Simón Fourcade, Antonio de Lara, Luis Saslavsky; Música: (canções): Augusto Algueró, filho, Joaquín Gasca, A. Guijarro, Rafael de León, Fernando Morales, G. Moreau, Adrián Ortega, Manuel L. Quiroga, A. Salguero; Fotografia (cor): Alejandro Ulloa; Montagem: Sara Ontañón;
Intérpretes: Carmen Sevilla, Lola Flores, Paquita Rico, Virgílio Teixeira, Leo Anchóriz, María Asquerino, Guillermo Marín, Manuel Monroy, José Prada, Vicente Ros, Yelena Samarina, Josefina Serratosa, Paloma Valdés, Manuel Zarzo, Ángel Álvarez, etc.
 
1963
IL SEGNO Di ZORRO ou El CAPITAN INTREPIDO (Duelo no Rio Grande)
Realização: Mario Caiano  (Itália, Espanha, 1963); Argumento: Guido Malatesta, Luis Marquina, Casey Robinson, Arturo Rígel; Música: Gregorio García Segura; Fotografia (cor): Adalberto Albertini, Antonio Macasoli; Montagem: Alberto Gallitti, Antonio Ramírez de Loaysa; Produção: Compagnia Cinematografica Mondiale, Fidès, Benito Perojo (Itália/França/Espanha).
Intérpretes: Sean Flynn, Folco Lulli, Danielle De Metz, Virgílio Teixeira, Gaby André, Walter Barnes, Elena Barrios, Xan das Bolas, Armando Calvo, Guido Celano, Mino Doro, Helga Liné, Piero Lulli, Gisella Monaldi, Mario Petri, Alfredo Rizzo, Tony Soler, etc.
Duração: 90 min.

1963
SAUL E DAVID (Saul e David)
Realização: Marcello Baldi (Itália, Espanha, 1964); Argumento: Marcello Baldi, Emilio Cordero, Tonino Guerra, Ottavio Jemma, Flavio Niccolini, A. Rubio Fuentes; Música: Teo Usuelli; Fotografia (cor): Marcello Masciocchi, Juan Ruiz Romero; Produção: San Paolo, San Pablo (Itália/Espanha).
Intérpretes: Norman Wooland, Gianni Garko, Luz Márquez, Virgílio Teixeira, Elisa Cegani, Bernabe Barta Barri, Carlos Casaravilla, Elisa Cegani, Pilar Clemens, Antonio Mayans, etc.
Duração: 115 min.

1963
EL BALCÓN DE LA LUNA
Realização: Luis Saslavsky (Espanha, 1963); Produção: Sello Blanco (Espanha). 
Intérpretes: Carmen Sevilla, Lola Flores, Paquito Rico, Leo Anchóriz, Virgílio Teixeira, etc.
Duração: 92 mn.

1963
LA CONQUISTA DEL PACIFICO
Realização: José Maria Elorrieta (Espanha, 1963).
Intérpretes: Frank Latimore, Pilar Cansino, Jesús Puente, Jorge Martín, Virgílio Teixeira, etc.
Duração: 83 min.

1964
LA CARA DEL TERROR
Realização: Isidoro M. Ferry (Espanha, 1962); Argumento: Monroe Manning; Música: José Buenagú; Fotografia (cor): José F. Aguayo; Montagem: Antonio Ramírez; Design de produção: Sigfrido Burmann; Som: William J. Hole Jr., Monroe Manning; Produção: Jack Miles, Gustavo Quintana; Produção: Documento Film.
Intérpretes: Lisa Gaye (Norma), Fernando Rey (Dr. Charles Taylor), Gérard Tichy, Virgílio Teixeira (Playboy), Carlos Casaravilla, Miguel del Castillo, Concha Cuetos, Ana María Custodio, Ángel Menéndez, Emilio Rodríguez, Jacinto San Emeterio, etc.
Duração: 83 min.

1964
THE FALL OF THE ROMAN EMPIRE (A Queda do Império Romano)
Realização: Anthony Mann (EUA, Espanha, 1964); Argumento: Ben Barzman, Basilio Franchina, Philip Yordan; Música: Dimitri Tiomkin; Fotografia (cor): Robert Krasker; Montagem: Robert Lawrence; Casting: Maude Spector; Design de produção: Veniero Colasanti, John Moore; Cenários: Veniero Colasanti, John Moore; Guarda roupa: Veniero Colasanti, John Moore; Maquilhagem: Grazia De Rossi, Mario Van Riel, Direcção de produção: C.O. Erickson; Director de segunda equipa: Yakima Canutt; Assistente de realização: José López Rodero, José María Ochoa; Som: Milton C. Burrow, David Hildyard, Gordon K. McCallum; Efeitos Especiais: Alex Weldon; Stunts: Tap Canutt, Jackie Williams; Produção: Samuel Bronston, Jaime Prades, Michael Waszynski.
Intérpretes: Sophia Loren (Lucilla), Stephen Boyd (Livius), Alec Guinness (Marcus Aurelius), James Mason (Timonides), Christopher Plummer (Commodus), Anthony Quayle (Verulus), John Ireland (Ballomar), Omar Sharif (Sohamus), Mel Ferrer (Cleander), Eric Porter (Julianus), Finlay Currie (Senador), Andrew Keir (Polybius), Douglas Wilmer (Niger), George Murcell (Victorinus), Norman Wooland (Virgilianus), Michael Gwynn (Cornelius), Virgílio Teixeira (Marcellus), Peter Damon (Claudius), Rafael Luis Calvo (Lentulus), Lena von Martens (Helva), Gabriella Licudi (Tauna), Guy Rolfe (Marius), etc.
Duração: 187 min;   

1964
ELLA Y EL MIEDO
Realização: León Klimovsky (Espanha, 1964); Argumento: Antonio Fos; Música: José Pagán, Antonio Ramírez Ángel; Fotografia (cor): Manuel Hernández Sanjuán; Montagem: Antonio Gimeno; Cenários: José Algueró; Assistente de realização: José Luis Viloria; Direcção de produção: Fernando Carballo, José Luis González, José Villafranca; Produção: CITA/Cooperativa lberica de Tecnicos y Artistas.
Intérpretes: May Heatherly, Virgílio Teixeira, Luís Martín, Jorge Rigaud, Rafaela Aparicio, Indalecio Díaz, Emilio García Domenech, Antonio Gómez Delgado, Rafael Hernández, Rafael Ibáñez, Ignacio Jimeno, Alberto Montaña, Francisco Morán, María Pinar, Mercedes Piris, Ángela Pla, Jesús Puente, José Riesgo, Aníbal Vela, María Vico, Agustín Zaragoza, Luisa Rosa de la Torre, etc.
Duração: 88 min.    

1965
PASSAGEM DE NÍVEL
Realização: América Leite Rosa (Portugal, 1965); Argumento: Marques Vidal; Fotografia: José J. Pereira; Música: Joaquim Luís Gomes; Produção: - Marques Vidal.   
Intérpretes: Madalena Igiésias (Caria), Virgílio Teixeira (Eduardo Silva), Wilma Palmer (Lúcia), José Amara (Batalha), Canto e Castro (Engenheiro Sousa Lemos), Eugénio Salvador (Magalhães, o Agente Artístico), Óscar Acúrcio (Arquitecto Gonzago), Manuela Navais (Dactilógrafa), Isabel Ferreiro (Joaquina, a Criado de Caria), Constança Navarro (Ama de Eduardo), etc.
Duração: 91 min; Distribuição: Filmes Ocidente; Estreia: Odeon (18.6.1965).

Carla, filha de Batalha, um importante construtor civil, conhece aci­dentalmente o arquitecto Eduardo Silva, nascendo entre ambos uma atracção reciproca, e ela convida-o a entrar para a empresa do pai...

1965
DR.  ZHIVAGO (DOUTOR JIVAGO)
Realização: David Lean (EUA, Itália, Espanha, 1965); Argumento: Robert Bolt, segundo romance de Boris Pasternak; Música: Maurice Jarre; Fotografia (cor): Nicolas Roeg, Freddie Young; Montagem: Norman Savage; Design de produção: John Box; Direcção artística: Terence Marsh, Gil Parrondo; Cenários: Dario Simoni; Guarda roupa: Phyllis Dalton; Maquilhagem: Anna Cristofani, Grazia De Rossi, Mario Van Riel; Direcção de produção: John Palmer, Augustin Pastor, Douglas Twiddy; Assistente de realização: José María Ochoa, Roy Rossotti, Roy Stevens, Pedro Vidal; Som: Paddy Cunningham, Franklin Milton, Winston Ryder, William Steinkamp; Efeitos especiais: Eddie Fowlie; Produção: Arvid Griffen, David Lean, Carlo Ponti.
Intérpretes: Omar Sharif (Yuri Zhivago), Julie Christie (Lara), Geraldine Chaplin (Tonya), Rod Steiger (Komarovsky), Alec Guinness (Gen. Yevgraf Zhivago), Tom Courtenay (Pasha/Strelnikov), Siobhan McKenna (Anna), Ralph Richardson (Alexander Gromeko), Rita Tushingham (rapariga), Jeffrey Rockland (Sasha), Tarek Sharif (Yuri: jovem), Bernard Kay (Bolshevik), Klaus Kinski (Kostoyed), Gérard Tichy (Liberius), Noel Willman (Razin), Geoffrey Keen (Professor Kurt), Adrienne Corri (Amelia), Jack MacGowran (Petya), Mark Eden, Erik Chitty, Roger Maxwell, Wolf Frees, Gwen Nelson, Lucy Westmore, Lili Muráti, Peter Madden, Luana Alcañiz, Assad Bahador, Jose Caffarel, Emilio Carrer, Catherine Ellison, Pilar Gómez Ferrer, Inigo Jackson, Gerhard Jersch, Maria Martin, José Nieto, Ingrid Pitt, Mercedes Ruiz, Virgílio Teixeira (capitão, não creditado), Brigitte Trace, María Vico, etc.
Duração: 197 min.

1965
A VOZ DO SANGUE
Realização: Augusto Fraga (Portugal, 1965); Argumento segundo "Caminhos", de Reis Ventura; Fotografia: Abel Escoto; Produção: Manuel Queiroz, Cinedex.
Intérpretes: Virgílio Teixeira (João do Souto), Carmem Mendes (Beatriz), Heitor Gomes Teixeira (Zeca o Filho), Artur Peres (Camionista), Mesquita Lemos (Padre), Miranda e Silva (Advogado), Miguel Nunes, Milene Cardinalli, Santos e Sousa, Joaquim Mirando, etc.
Duração: 102 min; Distribuição: Doperfilme; Estreia: Avis, Odeon (10.3.1966). '
(Rodado integralmente em Angola)

Angola, anos 40/1967. O drama de Zeco, uma criança nascida de amores ilícitos, e a amargura dum homem e duma mulher, o camionista /taxista João do Souto e Beatriz, a quem o complexo de culpa impediu de casarem...

1966
THE RETURN OF THE SEVEN (O Regresso dos Sete Magníficos)
Realização: Burt Kennedy (EUA, Espanha, 1966); Argumento: Larry Cohen; Música: Elmer Bernstein; Fotografia (cor): Paul Vogel; Montagem: Bert Bates; Casting: Lynn Stalmaster; Direcção artística: José Algueró; Maquilhagem: José María Sánchez; Direcção de produção: Eduardo García Maroto, Allen K. Wood; Assistente de realização: José López Rodero; Som: Jonathan Bates, Wally Milner, J.B. Smith; Efeitos especiais: Richard Parker; Produção: Robert Goodstein, Ted Richmond; Produção: Mirisch/C.B.Films.
Intérpretes: Yul Brynner (Chris Adams), Robert Fuller (Vin), Julián Mateos (Chico), Warren Oates (Colbee), Claude Akins (Frank), Elisa Montés (Petra), Fernando Rey (Padre), Emilio Fernández (Lorca); Virgílio Teixeira (Luis), Rodolfo Acosta (Lopez), Jordan Christopher (Manuel), Gracita Sacromonte (Flamenco Dancer), Carlos Casaravilla, Ricardo Palacios, Felisa Jiminez, Pedro Bermúdez, Francisco Antón, Moises Menedez, Héctor Quiroga, Jose Telavera,
Duração: 95 min.

1966
A MAN COULD GET KILLED (Dança dos Diamantes)
Realização: Cliff Owen, Ronald Neame (EUA, 1966); Argumento: Richard Breen, T.E.B. Clarke, segundo "Diamonds for Danger", de David Esdaile Walker; Produção: Universal/Cherokee;
Intérpretes: James Garner, Melina Mercouri, Sandra Dee, Tony Franciosa, Virgílio Teixeira, etc.
Duração: 98 mn. (Rodado em Roma).


1976
BATIDA DE RAPOSAS
Realização: Carlos Serrano (Espanha, 1976);
Intérpretes: Agustín González, María Perschy, Maria del Puy, Fernando Hilbeck, Virgílio Teixeira.
Duração: 94 mn.

1967
THE MAGNIFICENT TWO
Realização: Cliff Owen (Inglaterra, 1967); Argumento: Peter Blackmore, S.C. Green, R. M. Hills, Michael Pertwee; Música: Ron Goodwin; Fotografia (cor): Ernest Steward; Montagem: George Hambling, Gerry Hambling; Guarda roupa: Anna Duse; Produção: Hugh Stewart; Produção: - Rank.
Intérpretes: - Eric Morecomb, Ernie Wise, Margit Saad, Virgílio Teixeira, Henry Beltran, Martin Benson, Isobel Black, Tyler Butterworth, Veronica Carlson, David Charlesworth, Hugo De Vernier, Sandor Elès, Michael Godfrey, Michael Gover, Charles Laurence, Victor Maddern, Andreas Malandrinos, Cecil Parker, Sue Sylvaine, Larry Taylor, etc.
Duração: 100 mn.

1982
TRICHEURS (Batoteiros)
Realização: Barbet Schroeder (França/República Federal Alemã, 1982); Argumento:
Pascal Bonitzer, Barbet Schroeder, segundo romance "Tricheurs", de Steve Baes; Música: Peer Raben; Fotografia (cor): Robby Müller; Montagem: Denise de Casabianca; Design de produção: Maria José Branco, Oscar Niemeyer   (Casino Park Hotel de Madeira); Guarda roupa: Isabel Branco, Catherine Meurisse; Assistente de realização: Alain Tasma; Som: Daniel Couteau, Dominique Hennequin, Jean-Paul Mugel, Philippe Sénéchal; Produção: Paulo Branco, Margaret Ménégoz;
Intérpretes: Jacques Dutronc (Elric), Bulle Ogier (Suzie), Leandro Vale (vagabundo); Roger Serbib (patrão de Suzie); Steve Baes (director do Casino); Virgílio Teixeira (Toni), Kurt Raab (Jorg), Ladislaus Perreira, To-Zé Martinho, Roger Sarbib, Claus Dieter Reents, Karl Wallenstein, Robby Müller, Carlos César, Waldemar de Souza, etc.
Duração: 94 min.

1984
O CRIME DE SIMÃO BOLANDAS
Realização: Jorge Brum do Canto (Portugal, 1984); Argumento: Jorge Brum do Canto, Luís de Pina, segundo  "O Primeiro Crime de Simão Bolandas", de Domingos Monteiro; Fotografia: João Moreira; Música: Rui Guedes, Mike Sargeant; Produção: Bourdain de Macedo. 
Intérpretes: Virgílio Teixeira (D. Lourenço), Delfina Cruz (Florinda), João António Sommer (Simão Bolandas), Benjamim Falcão (João Bolandas), Rui Luís de Castro (Zé Lua), Manuela Maria (Belarmina), David Silva (Diogo), Maria de Lurdes Ayala (Janininha), Cunha Marques (Regedor), João Rodrigo (Padre Albino), etc.
Duração: 140 min; Distribuição: Filmes Castello Lopes;  Estreia: Condes, Hollywood.  (9.11.1984).

Maduro, D. Lourenço logra afastar o feitor João Bolandas, para ter campo livre junto da mulher Florinda, seu antigo amor, que lhe retribui esse sentimento. Simão descobre a ligação da mãe com D. Lourenço e, a partir de então, apenas um desejo o norteia: matar o amante de Florinda...

1988
A MULHER DO PRÓXIMO
Realização: José Fonseca e Costa (Portugal, 1988Argumento: José Fonseca e Costa, Miguel Esteves Cardoso, Manuel Hidalgo.  Fotografia (cor): Eduardo Serra. Música: António Emiliano; Produção: MGN, Rádiotelevisão Comercial; Film Méssage (Bélgica).
Intérpretes: Carmen Dolores (Cristina), Virgílio Teixeira (António), Mário Viegas (Henrique), Fernanda Torres (Isabel), Vitor Norte (Manuel), Catarina Santos (Rosa), Fernanda Borsatti (Emília), Carlos Gonçalves (Coveiro), António Victorino d'Almeida, João Franco.
Duração: 89 min; Distribuição: Filmes Castello Lopes; Estreia: Las Vegas, Londres, São Jorge (2.12.1988).

O mundo pacato da família Castro Silva é repentinamente abalado pela notícia do falecimento do pai, Mário, na companhia do sua jovem amante, Terry, num brutal acidente de viação...   

1991
ETERNIDADE
Realização: Quirino Simões (Portugal, 1995); Argumento: Quirino Simões, segundo romance de Ferreira de Castro; Fotografia (cor): Rubens Eleutério; Música: Paulo Godinho; Montagem: Quirino Simões; Som: Pedro Godinho; operador de steadicam: Fernando Fragata; Produção: Imperial Filmes; Howay Filmes (Brasil).
Intérpretes: Denis Derkian (Juvenal), Virgílio Teixeira (Álvaro), Ana Maria Nascimento (Elisabeth), Patricia Scalvi (Locretelle), Henrique Viana (Adriano), Dionísio de Azevedo (Balteano), Benjamim Falcão (Dr.  Pestana), Couto Viana (Mr. Crawiey), Manuel Coelho (Capitão Arnaldo), Fernando Heitor (Elmano).
Duração: 91 min; Distribuição: Vitória Filme; Estreia: Quarteto (25.8.1995).

Voltando à terra natal, após longos anos de ausência, Juvenal, um engenheiro agrónomo de ideias liberais, vê-se envolvido pelas perturbações sociais no ilha da Madeira, que antecederam a revolução de 1974, as quais são condenadas pelo seu irmão Álvaro, industrial de bordados e acérrimo con­servador.

1992
VERTIGEM
Realização: Leandro Ferreira (Portugal, 1992); Argumento: Leandro Ferreira; Música: Tomás Pimentel; Fotografia (cor): José Luís Carvalhosa; Montagem: Jose Manuel Alves Pereira; Maquilhagem: Hans Bernard, Iracema Machado; Assistente de realização: Afonso Henriques Duarte, Vasco Lima, Teresa Villaverde; Som: Pedro Melo, Fátima Ribeiro, Victor Ribeiro;
Intérpretes: Elsa Alberti (Susana), Alchê (amigo de Nuno Fonseca), Júlia Almeida Anselmo, Jorge Atouguia, Rui Azevedo, Luíza Borges, Suzana Borges, Boris, Edmea Brigham (Denise), Mário Carneiro, Manuela Carona, Manuela Cassola (Beatriz Lopes), Virgílio Castelo (Oscar Summavielle), Armando Cortez (Crispim), Marques D'Arede, João Espinola, Filipe Ferrer, Ruy Furtado (Duarte de Barros), Carlos Gomes (Miguel), Manuel Graça Dias, Afonso Henriques Duarte, José La Sorte, Alexandra Lencastre (Inês Machado/ voz de Marta Gouveia), Ana Ludovico, Iracema Machado, Cristina Mascarenhas, Pedro Mello (Nuno Fonseca), Carolina Mileu, Nelma, Ana Otero (Ana Fonseca), Carolina Pimentel, Madalena Pimentel, Augusto Portela, Paula Resende, Pedro Rossa, António Rosário, Rogério Samora (Gaspar Portela), Daniela Silverio (Marta Gouveia), Álvaro Simões (Homem da Vermelinha), Carlos Sério, Vergilio Teixeira (Luís Gouveia), Serge Tréfaut (Locutor na Televisão), Henrique Viana (Inspector Loureiro), Carlos Wallenstein (Tito Guedes), Isabel de Castro (D. Ilda), José Dias de Souza, etc.
 
1998
HOTEL BON SÉJOUR
Realização: Ferrão Katzenstein (Portugal, 1998); Argumento: António Torrado; Produção: António Plácido.
Intérpretes: António Ascensão, Teresa Jardim Gedge, Plácido Júnior, Ferrão Katzenstein, John Kelsey, Eduardo Luís, Francisco Pestana, António Plácido, Rogério Samora, Laura Soveral, Virgílio Teixeira, Miguel Vieira, Cidália de Freitas, etc.
Mini-série para a RTP.
Nota: Sempre que existirem sinopses dos filmes referidos nesta Filmografia, elas foram extraídas do opúsculo dedicado a Virgílio Teixeira, editado pela Cinemateca Portuguesa, em 1997, e são da autoria de José Matos-Cruz.
Esta filmografia foi estabelecida tendo como referência a filmografia de José Matos-Cruz, a base de dados do IMDB (Internet) e outras publicações, além de conversas pessoais minhas com o actor.
Os títulos em maiúsculas são os originais, e os entre parêntesis são as traduções portuguesas, sempre que os mesmos se estrearam em Portugal. (Lauro António)